Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPPR: MPPR em Maringá cobra o ressarcimento aos cofres públicos de valores gastos em obra na pista de caminhadas do Parque do Ingá

sexta-feira, 18 de outubro de 2024, 16h08

 

 

Em Maringá, o Ministério Público do Paraná propôs ação civil pública para buscar o ressarcimento aos cofres municipais dos valores gastos com a construção da pista emborrachada de caminhada do Parque do Ingá. A obra custou mais de R$ 4 milhões, mas poucos meses depois de inaugurada a via já apresentava problemas graves, que culminaram com longos trechos “descolados” e inutilizados, em três datas diferentes, após chuvas intensas no local. O MPPR sustenta que os profissionais de arquitetura, a construtora e os agentes públicos municipais responsáveis incorreram em erros diversos que causaram prejuízo ao erário e requer a devolução do valor, com juros.

 

 

A pista de caminhadas começou a ser licitada em agosto de 2019 e foi entregue oficialmente pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop), com a emissão de Termo de Recebimento Definitivo da Obra, em setembro de 2021. Três meses depois, a imprensa já noticiava irregularidades, como o aparecimento de buracos e rachaduras. Apenas cinco meses depois, após uma chuva que alagou parte da via pública que fica ao redor do parque – situação que já era conhecida das autoridades, pois a região já havia sido alvo de alagamentos – vários pontos da via descolaram e se deslocaram. O mesmo aconteceu em duas outras oportunidades, com deslocamento de outras partes da pista, que continua apresentando problemas em vários trechos.

 

 

Responsabilidade solidária Na ação, proposta por meio da 20ª Promotoria de Justiça de Maringá, que tem atribuição na área de Proteção ao Patrimônio Público, o Ministério Público aponta quatro fatos principais que levaram ao problema na obra: erro grosseiro/culpa grave praticado pelas autoras do projeto básico arquitetônico, erro grosseiro/culpa grave praticado por quem aprovou o projeto, omissão do gestor da obra pela ausência de notificação à empresa contratada para reparar os defeitos identificados na pista e conduta ilícita da empresa contratada em relação à solidez e à segurança da obra. Nesse sentido, cobra “o ressarcimento integral do dano patrimonial causado ao Município de Maringá-PR, correspondente a R$ 4.247.349, 93, acrescido de correção monetária e juros de mora de 1% ao mês contabilizados desde a data do evento danoso, qual seja, 24/09/2021, até o efetivo pagamento”.

 

 

A Promotoria sustenta que houve “a ocorrência de fatos e de condutas juridicamente relevantes que não apenas causaram, mas também contribuíram direta e/ou indiretamente para o surgimento de defeitos na obra, que, cumulados em um curto espaço temporal sem a devida reparação, facilitaram e contribuíram para as subsequentes desafixações da pista emborrachada”.

 

 

Fonte: MPPR


topo