DIÁRIO DE CUIABÁ
Servidor da AL é preso acusado de abuso
quarta-feira, 23 de junho de 2010, 06h00
Diário de Cuiabá - 23.06.10
ADILSON ROSA
Da Reportagem
Policiais da Delegacia de Vigilância e Capturas (Decap) prenderam ontem o servidor da Assembleia Legislativa André Luiz Moraes de Souza, de 38 anos, que teve a prisão preventiva decretada pela 1ª Vara de Combate a Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá. Chefe do setor de recursos humanos do órgão, ele foi preso na parte da manhã, em sua sala. Ele é acusado de abusar da própria filha, na época, com dois anos.
A prisão de André Luiz, que é servidor estável da Assembleia, chamou a atenção dos demais funcionários e visitantes que estavam na sede do Poder Legislativo Estadual ontem de manhã. Os policiais que participaram da prisão explicaram que, por se tratar de uma pessoa que não oferecia perigo de fuga, o acusado não foi algemado.
O caso vinha sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) de Cuiabá desde o ano passado, após denúncia da mãe da criança. A delegada Mara Rúbia de Carvalho concluiu o inquérito no início deste mês e solicitou a prisão preventiva do acusado. O processo tramitou em segredo de justiça pela Comarca da Capital.
Na última sexta-feira, a juíza Ana Cristina da Silva Mendes recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e decretou a prisão preventiva do servidor público. Nem a Justiça e tampouco a Deddica forneceu detalhes do caso.
“Casos como esses dificilmente são levados à imprensa, pois envolvem menores de idade e a lei obriga a tramitar em segredo de justiça. O que temos é uma prisão preventiva decretada e cumprimos”, explicou um policial.
Surpreso com a procura dos policiais que o informaram sobre a sua prisão, André Luiz se entregou e foi levado para a Decap no bairro Centro América, onde assinou o termo de cumprimento do mandado de prisão. Policiais plantonistas informaram que o servidor público foi encaminhado para uma cela especial do anexo 1 do Presídio Central do Estado, pois possui curso superior. Os seus advogados informaram que irão recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça do Estado.
A Assembleia Legislativa não se pronunciou sobre o fato. (AR)