Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Justiça proíbe realização de manifestação pró-maconha

quarta-feira, 30 de abril de 2008, 00h00

PELA ORDEM

A Gazeta

Caroline Rodrigues

A Marcha da Maconha está proibida em Cuiabá. A liminar foi concedida na tarde de ontem e encaminhada pelo promotor de Justiça Marcos Machado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para evitar a manifestação, que está marcada para o dia 4 de maio, na Praça Ipiranga. Além de impedir a passeata, a Justiça exige a identificação dos organizadores e dos manifestantes para formação de inquérito policial. O promotor afirma que as policias Civil e Militar estão preparadas para agir, inclusive reprimir as panfletagens que são realizadas desde ontem na Capital.

A pena prevista para as pessoas que induzem, estiguem ou auxiliem o uso de drogas e de um a três anos de prisão, bem como multa. A juíza da 9º Vara Criminal de Cuiabá, Maria Cristina de Oliveira Simões, considerou que a mobilização é uma apologia ao crime e está associado ao tráfico de drogas.

A manifestação a favor do uso e comercialização da maconha será realizada simultaneamente em 200 cidades pelo mundo, sendo 10 brasileiras. O único contato com os organizadores do evento é o site www.marchada maconha.org, que não apresenta o nome dos integrantes.

O Ministério Público de todas as cidades envolvidas estão sendo informados da manifestação pela promotoria da Bahia. Acredito que o movimento é patrocinado pelo crime organizado, afirma o promotor Marcos Machado.

Ele também relata que mais de 80% dos viciados começaram com o consumo da maconha e o utilização do produto e a porta de entrada para crimes como o roubo e sequestros. Daqui a pouco,lutaram pela liberação do estupro, como forma de liberação sexual.

Na avaliação do promotor Marcos Machado, a passeata pela legalização da maconha é uma agressão à legislação, ordem pública e ao estado de direito.

Os traficantes se aproveitam dos jovens sem formação moral e profissional definida para expandir as fronteiras do crime organizado.

Em 6 de maio de 2007, no Rio de Janeiro, 200 pessoas realizaram passeata em Ipanema, na Zona Sul. Não houve repressão por partes das forças auxiliares. Durante o ato, participantes fumaram o entorpecente, mesmo proibido em lei.

Bahia - Na Capital baiana, a Justiça também concedeu liminar para impedir a manifestação pela legalização do entorpecente.

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