Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Jovem é condenada por armar assassinato de namorado vigia

quarta-feira, 18 de junho de 2008, 00h00

 

Da Reportagem

Liene Sousa Morais, 23, foi condenada a 13 anos de prisão pelo assassinato do vigia noturno Juraci de Souza, crime ocorrido em 26 de outubro de 2005, no município de Chapada dos Guimarães. Ele foi morto a golpes de pedaço de madeira. A pedido do Ministério Público Estadual, um primeiro júri, ocorrido há cerca de um ano, foi anulado porque a decisão dos jurados contrariou as provas levantadas pela investigação. Na ocasião, Liene fora condenada a cumprir pena de quatro anos em regime aberto.

A ré e a vítima tinham um relacionamento amoroso. Trabalharam juntos em campanha política no ano anterior e, em seguida, começaram uma espécie de romance. No entanto, ela se negava a assumir o relacionamento.

Para o Ministério Público, a jovem aproveitava-se da situação para conseguir benefícios financeiros. “Eles mantinham um namoro clandestino e, em troca, ele realizava pagamentos de contas”, explicou o promotor Jaime Romaquelli, justificando que o vigia estava fora dos padrões de beleza por ter deficiência em uma das pernas e no braço.

Na noite do crime, conforme o Ministério Público, Liene combinou encontro com a vítima em uma casa inacabada, localizada no bairro Bom Clima. O local era rotineiramente utilizado pelos dois. Pouco antes, ela havia sido convidada por um amigo, Eliseu de Lima Silva, a ir a uma festa na cidade, junto com a menor T.G.F, então com 14 anos. Ela aceitou o convite, mas exigiu que antes fossem até o local para assassinarem Juraci. “Eles mataram o vigia e depois foram para a festa. Beberam e agiram normalmente, como se nada tivesse acontecido”, disse o promotor.

Uma das dívidas alcançadas pelo vigia, devido ao pagamento de contas da jovem, chegou a R$ 1,5 mil. No dia do homicídio, durante a tarde, Liene foi até a casa do namorado exigindo que ele abrisse crediário em uma loja de roupas para que ela pudesse fazer compras. Ontem, durante o depoimento, ela se negou a informar o endereço de sua residência. Foi presa por isso. A reportagem tentou entrar em contato com a defesa da ré, mas o advogado não quis se pronunciar. (APB)

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