MPE pede para arquivar o inquérito de Borges
quarta-feira, 30 de abril de 2008, 00h00
ENCERRADO
A Gazeta
Andréia Fontes
O Ministério Público Estadual de Chapada dos Guimarães pediu o arquivamento do inquérito instaurado para apurar a morte do empresário José Osmar Borges, no dia 12 de dezembro do ano passado. O caso será encerrado porque foi comprovado que não há possibilidade de envolvimento de terceiros, ou seja, não se trata de homicídio ou mesmo que Borges tenha induzido a morte dele.
O promotor de Chapada, Jaime Romaquelli, destaca no pedido que as provas nos autos demonstram que Borges ingeriu a substância química conhecida vulgarmente por chumbinho (veneno utilizado para matar rato) e que esta substância foi comprada por um dos seus funcionários, Djalma Gonçalves, a pedido do próprio empresário que disse que seria para matar passarinhos. O promotor acrescenta que ficou constatado que a morte do empresário foi por apnéia (parada respiratória), provocada por meio químico. Inobstante as várias diligências realizadas, não se reuniu nenhum elemento de prova que indique com segurança a participação (induzimento, instigação ou auxílio) de terceira pessoa nessa empreitada insana, diz o promotor no pedido.
As investigações - José Osmar Borges, que ficou conhecido como o maior fraudador da extinta Sudam, foi encontrado morto no chão de seu quarto, na mansão em Chapada dos Guimarães, por um de seus funcionários. Ao lado do corpo havia um bilhete com a sua letra, onde estava escrito: A dor é grande. Não deu.
De acordo com os laudos, Borges realmente tinha vestígios de veneno na boca, mas não chegou a ingerir a substância. A morte provavelmente ocorreu porque ele tomava remédios para dormir com bebida alcóolica.