DIÁRIO DE CUIABÁ
Gaeco denuncia Silval e mais nove
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016, 15h01
Da Reportagem
Na denúncia encaminhada à Justiça na qual requer a abertura de ação penal pela suspeita de desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio de fraude na aquisição de um terreno público, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) afirma que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) é considerado o chefe de uma quadrilha montada durante seu mandato que agregou secretários de Estado e funcionários públicos de carreira com o intuito de desviar dinheiro público.
O núcleo de liderança da organização criminosa seria composto pelo ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, o secretário-adjunto da Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima, o secretário-adjunto de mudanças climáticas, Wilson Gambogi Pinheiro Taques, e pelo ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves.
Conforme a denúncia assinada pelos promotores de justiça Carlos Roberto Zarour César, Marcos Bulhões dos Santos e Samuel Frungilo, Silval Barbosa e Pedro Nadaf chefiavam a organização criminosa atribuindo ações aos demais membros. Por outro lado, o outro núcleo da organização criminosa seria composto por José de Jesus Nunes Cordeiro, Wilson Gambogi Pinheiro Taques, Arnaldo Alves e Afonso Dalberto.
Todos tinham a responsabilidade de coagir servidores públicos a eles subordinados e executar diretamente as atividades necessárias para concretização das fraudes. Para acelerar a compra do terreno que já pertencia ao Estado, foi acrescida uma área de 727 hectares incorporada à área localizada na região do Manso. Antes de pertencer ao Estado, o terreno tinha como proprietário o empresário Filinto Correa da Costa.
Para garantir o pagamento, foram acelerados procedimentos administrativos por meio de decretos e outros que transformaram o Parque Estadual das Águas em Estação Ecológica, concretizando com o pagamento ilegal de R$ 7 milhões dias antes de encerrar o mandato do ex-governador Silval Barbosa.
Na denúncia criminal, é requerido que os suspeitos sejam punidos pelos crimes de peculato e associação a organização criminosa. Foram denunciados o ex-governador Silval Barbosa, os ex-secretários Pedro Nadaf, Arnaldo Alves e o secretário-adjunto José de Jesus Nunes Cordeiro, Wilson Gambogi Pinheiro Taques e o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, o analista de meio ambiente Francisval Akerley da Costa, o superintendente da Biodiversidade, Cláudio Takayuki Shida, e o empresário Filinto Correa da Costa. (RC)