Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

PMs condenados por tortura perdem cargos

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016, 10h04

MYLENA PETRUCELLI
DAREDAÇÃO

Os policiais militares Darijarbas de Lima Albuquerque, Erlon Rodrigues Pereira e Helbert de França Silva perderam seus cargos públicos após condenação por terem torturado, ameaçado e violentado um homem detido por eles em 2007. O trio fazia parte da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) e foi condenado a cinco anos e quatro meses de detenção cada, além de ter que pagar 50 dias-multa, com valor fixado em 1/30 do salário mínimo vigente à época do crime para cada dia-multa.

Na decisão proferida pela juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, a magistrada acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e considerou como grave a conduta dos policiais. Segundo o MPE, Darijarbas, Erlon e Helbert prenderam a vítima W.S.G. após receberem a informação de um homem preso por roubo de que ela seria mais uma comparsa no crime.

Para obter a confissão da vítima, os policiais da Rotam levaram na aos fundos de um condomínio no bairro São Carlos e começaram as agressões. A denúncia do MPE relata que eles deram vários chutes em suas costas e rosto e colocaram o cassetete em seu ânus e o esfregaram no rosto e na boca da vítima.

Depois vieram as ameaças de que eles iriam pegar a filha da vítima ou iriam pô-la no porta-malas de seu veículo, ateariam fogo e o jogariam em um barranco. Após as agressões, a vítima foi levada à Central de Flagrantes, ainda apanhando, e depois a uma unidade prisional, onde ficou presa por quatro meses pelo suposto roubo e depois foi absolvida em juízo.

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