DIÁRIO DE CUIABÁ
Mãe e filha são presas no interior
sexta-feira, 04 de março de 2016, 10h27
ALINE ALMEIDA
Da Reportagem
Mãe e filha foram presas preventivamente (prisão sem prazo para terminar) ontem na cidade de Aripuanã (976 quilômetros de Cuiabá), por contribuírem com a propagação do mosquito Aedes aegypti. As mulheres também são acusadas de desacatarem três funcionários públicos em exercício da função.
Segundo Ministério Público, apesar de terem em suas residências diversos focos do mosquito, as moradoras não adotaram nenhuma providência para resolver o problema. Vale ressaltar que o mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Segundo Ministério Público, no dia 8 de outubro de 2015 agentes da Vigilância Sanitária fizeram fiscalização em diversas residências na cidade para combater focos de proliferação do mosquito. Na fiscalização a equipe encontrou diversos focos do mosquito na residência das mulheres.
Ao serem notificadas e multadas pela Vigilância L.V.C e sua filha desacataram os agentes de saúde proferindo diversos palavrões. Notificadas pelo Ministério Público as mulheres se comprometeram a adotar as medidas necessárias para acabar com os focos, mas em uma nova fiscalização foi constatado que nenhuma providência foi tomada.
Segundo o promotor de Justiça Matheus Pavão de Oliveira, o pedido de prisão visa garantir a ordem pública tendo em vista a gravidade da epidemia na cidade. Lembrando que a prefeitura de Aripuanã decretou situação de emergência em fevereiro deste ano.
O município tem pouco mais de 20 mil habitantes e segundo dados da Vigilância Epidemiológica da cidade, em 2016 foram notificados 397 casos suspeitos de dengue, sendo 36 confirmados, e 60 casos suspeitos de zika vírus.
Segundo o Ministério Público, o magistrado entendeu que o delito trata-se de crime relacionado à saúde pública, cuja pena máxima é superior a quatro anos, por isso a necessidade da prisão preventiva.