GAZETA
UTI pediátrica volta afuncionar após 5 anos
segunda-feira, 21 de março de 2016, 10h49
RAQUEL FERREIRA
DA REDAÇÃO
Fechada há quase cinco anos, a ala pediátrica do Pronto-Socorro de Cuiabá será reaberta no dia 21 de abril, como parte das comemorações do aniversário da Capital. O setor ocupa o terceiro andar do prédio e passou por uma reforma geral, que teve início em março de 2014. A data da inauguração foi confirmada pela Prefeitura de Cuiabá.
Atualmente, a parte estrutural da obra foi concluída e a unidade passa pelo processo de instalação de equipamentos e montagem de móveis. A juíza da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo, que acompanha os trabalhos de perto, frisa que os materiais já chegaram e estão sendo organizados dentro dos espaços.
Lembra que este é um setor destinado a crianças, envolve questões de saúde e é preciso ter muito cuidado com tudo o que é realizado. Daí a preocupação em atender todas as normas e regras exigidas. A magistrada destaca que além dos serviços de saúde, há um projeto de humanização que vai integrar a equipe com o envolvimento de nove cursos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
“O lugar está muito bonito e vamos fazer um trabalho muito legal”. Conforme o projeto da nova ala pediátrica, o setor contará com 40 leitos. Destes, 10 são destinados a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo dois para isolamento. Já no setor de semi UTI serão cinco leitos. A enfermaria terá 25 vagas, com cinco destinadas ao isolamento.
A nova ala terá ainda brinquedoteca e espaço voltado a atividades incluindo as culturais e um lactário, para crianças de zero a quatro anos. No ano passado, a primeira dama Virgínia Mendes fez campanhas para arrecadação de brinquedos e ainda um bazar para angariar fundos destinados à unidade de saúde.
O setor foi desativado em 2009 após constatação de diversos problemas, que foram denunciados pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed). Na época, vários vídeos expondo o drama de quem trabalhava e estava internado foram divulgados na internet. O local apresentava problemas estruturais e sanitários graves.
As imagens mostravam esgoto saindo da pia, infiltrações nas paredes, mofo e até mesmo a enfermaria inundada, devido as chuvas que ocorriam na ocasião. O material foi protocolado no Ministério Público do Estado (MPE), indicando que a situação colocava em risco a vida e saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Após alguns anos fechado, o terceiro andar passou a ser reformado em 31 de março de 2014, com prazo de 180 dias para conclusão. O prazo para finalização dos trabalhos foi prorrogado algumas vezes nos últimos dois anos.
