Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

DIÁRIO DE CUIABÁ

Prado e Regenold são inocentados

segunda-feira, 18 de abril de 2016, 11h05

KAMILA ARRUDA
Da Reportagem

O procurador-geral do Estado Paulo Prado e o promotor Marcos Regenold foram inocentados pelo Tribunal de Justiça nesta quinta-feira (14). Por unanimidade, o pleno da Corte Judiciária arquivou inquérito contra os membros do Ministério Público Estadual (MPE) nas denúncias referentes à “operação Ararath”.

O juiz Roberto Seror, por sua vez, permanecerá sendo investigado. Para o desembargador José Zuquim Nogueira, relator do caso no Tribunal, as investigações em desfavor de Prado e Regenold devem ser tratadas no âmbito do Ministério Público.

Regenold teria se tornado alvo da Ararath por supostamente atuar como uma espécie de conselheiro do ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB) quanto aos depoimentos destes agentes federais no inquérito que apura crimes financeiros, contra a administração pública e lavagem de dinheiro.

O ex-secretário entregou à PF documentos que, segundo o promotor, seriam provas reais, como notas promissórias e cheques resgatados por ele junto à Globo Fomento Mercantil, empresa de propriedade de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, apontado como pivô do esquema ilegal que operava em Mato Grosso.

A documentação fornecida por Eder seria relativa a desvios de dinheiro público; a suposta compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE); e cartas de fiança feitas por secretarias estaduais e Assembleia Legislativa a bancos para assegurar transações financeiras supostamente frias, além de relatórios de transações bancárias de diversas empresas, também fraudulentos.

O Ministério Público Federal e a PF, no entanto, acusam Eder de ter tentado, na verdade, atrapalhar as investigações, direcionando os investigadores a seus adversários políticos. Além disso, a PF descobriu ligações e mensagens de celular trocadas entre Eder e Regenold.

Por conta disso, o promotor, que teve mandados de busca e apreensão contra si expedidos na 5ª fase da Operação, em maio de 2014, já respondeu a investigações no Ministério Público Estadual e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Nas duas esferas, ele foi inocentado.

As ações contra Paulo Prado, Regenold e Seror foram enviadas ao Tribunal de Justiça após desmembramento das ações da “operação Ararath” por determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O único que continua investigado pela Suprema Corte é o senador Blairo Maggi (PR).

Compartilhe nas redes sociais
facebook twitter
topo