Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

DIÁRIO DE CUIABÁ

Novas operações devem ocorrer

quarta-feira, 04 de maio de 2016, 10h32

Da Reportagem

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) não descarta que novas etapas da operação Rêmora sejam deflagradas diante das provas colhidas que levantam a suspeita de que outros empresários e servidores públicos estejam envolvidos nas fraudes em licitação que deram prejuízo de R$ 56 milhões aos cofres públicos.

Ontem, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, 8 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão.

Nos bastidores, comenta-se que outras secretarias de Estado como de Infraestrutura e de Cultura estariam prestes a ser alvo de operações policiais diante de contratos milionários que estariam sendo fraudados nos últimos anos.

Os depoimentos colhidos e todo material apreendido vão embasar a denúncia criminal que será oferecida nos próximos dias em relação à primeira fase da Operação.

O Gaeco dispõe também de provas obtidas por meio de interceptações telefônicas e gravações que comprovam as fraudes cometidas.

"Hoje foi um dia de muito trabalho e união de todo o Grupo no sentido de esclarecimento dos fatos, punição dos responsáveis e expurgação da corrupção que atinge novamente cidadãos de bem deste Estado. Continuaremos até o fim desta investigação para que possamos chegar à cadeia do comando criminoso e respectiva apuração criminal”, ponderou o coordenador do Gaeco, promotor de justiça Marco Aurélio de Castro.

De acordo com o Gaeco, a organização criminosa era dividida em três núcleos e tinha o envolvimento de agentes públicos e de empresários. Até o momento, já foram identificadas 29 pessoas com participação direta no esquema.

Os agentes públicos envolvidos são Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Moises Dias da Silva. Dos três, apenas Wander Luiz dos Reis ainda estava considerado foragido da Justiça.

Já o Núcleo de Operações contava com a participação de Luiz Fernando Costa Rondon, Leonardo Guimarães Rodrigues e Giovane Guizardi.

Dos três, somente Giovane Guizardi está preso preventivamente.

Conforme o Gaeco, de todos os conduzidos coercitivamente, dois foram presos por porte ilegal de armas de fogo, sendo eles Moisés Feltrin e Joel de Barros Fagundes Filho.

Ambos devem participar de audiência de custódia no prazo de 24 horas. Os demais já foram liberados.
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