A GAZETA
MP aponta crime em Pontes e Lacerda
domingo, 08 de maio de 2016, 14h31
GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o prefeito de Pontes e Lacerda, Donizete Barbosa do Nascimento (PPS), e o ex-vereador Wyldo Pereira da Silva, o Guelo (PDT), pelo crime de corrupção passiva. De acordo com o Núcleo de Ações de Competência Originária da Procuradoria Geral de Justiça (Naco), responsável pela ação, eles cobraram o pagamento de uma mensalidade ao então suplente de vereador Alex Rodrigues de Souza, o Kirrarinha Filho (DEM), para que ele fosse mantido no cargo de vereador. O caso foi denunciado pelo próprio parlamentar, que chegou a gravar um vídeo entregando dinheiro ao pedetista.
Na ação, o promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, coordenador do Naco, afirma que as investigações conseguiram comprovar a materialidade do crime, bem como sua autoria. Além do pagamento de R$ 2,5 mil por mês, quase a metade do salário de um vereador de Pontes e Lacerda, valor que depois foi reduzido para R$ 1,5 mil, Piedade obteve provas de que, a mando de Donizete e Wyldo, Alex foi obrigado a retirar de pauta um pedido, feito por ele, de prestação de contas da Comunicação do município, teve que votar a favor de outro parlamentar pela não abertura de processo de cassação, votou a favor do regime de urgência para a construção de uma quadra de areia e teve que interceder em favor de uma assessora parlamentar.
Conforme as investigações, todos estes serviços, prestados por Alex, foram exigidos pela dupla para que ele, suplente de Wyldo, que assumiu a Secretaria de Esportes, não fosse retirado do cargo.
A nomeação ocorreu em setembro de 2013 e, dez dias depois, Alex foi procurado por Wyldo com a cobrança. A justificativa para o repasse estava na diferença de salários de um secretário e um vereador, R$ 4 mil e R$ 6 mil, respectivamente.
Diante da proposta, Alex foi procurar Donizete e ouviu do prefeito que “pelo conhecia da pessoa de Guelo, caso o declarante não repassasse o dinheiro exigido, certamente este retomaria imediatamente a vereança, sendo, portanto, melhor para o declarante ceder às ameaças de Guelo”. Neste momento, Alex entendeu que havia um acordo entre os dois para que ocorresse a cobrança.
No segundo mês, Alex foi chamado ao gabinete de Donizete e lá encontrou Guelo. Ele teria dito que não mais repassaria os valores e, diante do impasse, o prefeito se comprometeu a pagar R$ 1 mil, enquanto que o democrata deveria repassar “apenas” R$ 1,5 mil. Além dos depoimentos, o Naco conta com um vídeo, gravado por Kirrarinha, em que ele repassava os valores a Guelo.
Na fase de inquérito, Donizete e Guelo foram ouvidos. O ex-vereador, segundo Piedade “se limita a afirmar que a conversa teria sido mal interpretada, imputando a autoria dos fatos Alex, o que não coaduna com as demais provas contidas nos autos”. Já o prefeito disse que fez a entrega do dinheiro para que sua secretária fizesse pagamentos seus particulares, acrescentando que os fatos contidos no vídeo são inverídicos.
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o prefeito de Pontes e Lacerda, Donizete Barbosa do Nascimento (PPS), e o ex-vereador Wyldo Pereira da Silva, o Guelo (PDT), pelo crime de corrupção passiva. De acordo com o Núcleo de Ações de Competência Originária da Procuradoria Geral de Justiça (Naco), responsável pela ação, eles cobraram o pagamento de uma mensalidade ao então suplente de vereador Alex Rodrigues de Souza, o Kirrarinha Filho (DEM), para que ele fosse mantido no cargo de vereador. O caso foi denunciado pelo próprio parlamentar, que chegou a gravar um vídeo entregando dinheiro ao pedetista.
Na ação, o promotor de Justiça Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, coordenador do Naco, afirma que as investigações conseguiram comprovar a materialidade do crime, bem como sua autoria. Além do pagamento de R$ 2,5 mil por mês, quase a metade do salário de um vereador de Pontes e Lacerda, valor que depois foi reduzido para R$ 1,5 mil, Piedade obteve provas de que, a mando de Donizete e Wyldo, Alex foi obrigado a retirar de pauta um pedido, feito por ele, de prestação de contas da Comunicação do município, teve que votar a favor de outro parlamentar pela não abertura de processo de cassação, votou a favor do regime de urgência para a construção de uma quadra de areia e teve que interceder em favor de uma assessora parlamentar.
Conforme as investigações, todos estes serviços, prestados por Alex, foram exigidos pela dupla para que ele, suplente de Wyldo, que assumiu a Secretaria de Esportes, não fosse retirado do cargo.
A nomeação ocorreu em setembro de 2013 e, dez dias depois, Alex foi procurado por Wyldo com a cobrança. A justificativa para o repasse estava na diferença de salários de um secretário e um vereador, R$ 4 mil e R$ 6 mil, respectivamente.
Diante da proposta, Alex foi procurar Donizete e ouviu do prefeito que “pelo conhecia da pessoa de Guelo, caso o declarante não repassasse o dinheiro exigido, certamente este retomaria imediatamente a vereança, sendo, portanto, melhor para o declarante ceder às ameaças de Guelo”. Neste momento, Alex entendeu que havia um acordo entre os dois para que ocorresse a cobrança.
No segundo mês, Alex foi chamado ao gabinete de Donizete e lá encontrou Guelo. Ele teria dito que não mais repassaria os valores e, diante do impasse, o prefeito se comprometeu a pagar R$ 1 mil, enquanto que o democrata deveria repassar “apenas” R$ 1,5 mil. Além dos depoimentos, o Naco conta com um vídeo, gravado por Kirrarinha, em que ele repassava os valores a Guelo.
Na fase de inquérito, Donizete e Guelo foram ouvidos. O ex-vereador, segundo Piedade “se limita a afirmar que a conversa teria sido mal interpretada, imputando a autoria dos fatos Alex, o que não coaduna com as demais provas contidas nos autos”. Já o prefeito disse que fez a entrega do dinheiro para que sua secretária fizesse pagamentos seus particulares, acrescentando que os fatos contidos no vídeo são inverídicos.
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