Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

A GAZETA

MPE recorre e volta a pedir prisão

terça-feira, 17 de maio de 2016, 08h35

DA  REDAÇÃO

O  Ministério  Público do Estado de Mato Grosso,  por  meio  do  Núcleo das Promotorias de Justiça    Especializadas    no   Enfrentamento  à  Violência  Doméstica  e  Familiar  contra a Mulher de Cuiabá,  recorreu  da  decisão  que revogou a prisão preventiva   do   empresário   Hélio   Pereira   Cardoso  Neto.  Ele  é  acusado  de  cometer  crimes  de  lesão  corporal, ameaça e cárcere   privado   contra   sua   então  esposa,  Monique  Cecília   Martins   Santin   Pereira Cardoso.

De  acordo  com  a  promotora  de  Justiça  Lindinalva  Correia  Rodrigues,  o  empresário  teve  a  prisão preventiva decretada em 15 de abril deste ano, mas acabou conseguindo reverter a decisão, em 11 de maio, sob o argumen-tratamento   psiquiátrico.   O acusado nem chegou a ser  preso,  pois  não  foi  localizado  para  o  cumprimento do mandado.

“O fato dele ser foragido da Justiça por si só já impossibilita a revogação da  prisão,  pela  garantia  da  aplicabilidade  da  Lei  Penal.  O  recorrido  tinha  ciência  da  existência  do  mandado  de  prisão  preventiva em aberto e o seu comportamento   apenas   reafirmou o seu compromisso  em  não  cooperar  com  a  Justiça  e  ainda  a  sua  periculosidade”,  ressaltou   a   promotora   de  
Justiça.

Lindinalva afirma que “o  comportamento  delituoso  do  acusado  coloca  em  risco  não  apenas  a  vítima,    mas    qualquer    outra  mulher  que  possa  adentrar  na  sua  convivência futura”. Argumentou,   ainda,  que o empresário já esteve  sob  acompanhamento   psiquiátrico,   o   que   não  impediu  a  prática  delituosa.

“Entendemos   que   a   Justiça não pode ser apenas   um   privilégio   de  quem pode pagar por ela, pois  todos  sabemos  que  se o acusado fosse pobre, diante  da  gravidade  dos delitos  por  ele  praticados,  o  mesmo  já  estaria  preso,  fazendo  o  seu  tratamento  psiquiátrico  no  cárcere”, afirmou.

Para  a  promotora  de  Justiça,  a  revogação  da  prisão,  antes  mesmo  do  seu  efetivo  cumprimento,  trará  para  a  sociedade  em  geral  e  especialmente às vítimas de violência    doméstica    da   Capital  desconfiança  e  desalento   em   instituições  sérias  como  a  Polícia    Civil,    Militar,    o   Ministério  Público  e  o  Poder Judiciário.
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