GAZETA
Desmoronamento e até fissuras
segunda-feira, 30 de maio de 2016, 13h18
DANTIELLE VENTURINI
DA REDAÇÃO
Quase dois anos depois dos trabalhos de duplicação da ponte sobre o Rio Coxipó na avenida Arquimedes Pereira Lima, em Cuiabá, mais conhecida como Estrada do Moinho, a obra já apresenta sérios problemas de qualidade e ambientais. No local, a cabeceira da duplicação da ponte no sentido Tijucal/Centro, sofreu desmoronamento e várias manilhas que passam por debaixo da estrutura caíram. No local ainda há fissuras aparentes.
A situação grave e preocupante levou o Ministério Público do Estado, por meio da 16ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá, a notificar a Defesa Civil do Estado pedindo providências sobre os problemas. No local, além do desabamento, há também outros problemas como a grande quantidade de lixo e resto de materiais de construção da própria obra acumulados na Área de Preservação Permanente (APP).
Há ainda a falta de barreira de contenção para o escoamento de água da chuva, que foi totalmente destruída pelo desmoronamento. No guarda-corpo da ponte, na parte duplicada, é possível visualizar também deterioração do material e ferros expostos. Também o meio fio que segue após a ponte já está cedendo.
No ofício encaminhado à Defesa Civil, o MPE destaca que é necessária uma vistoria por parte da Defesa Civil, juntamente com analistas da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), para que providências sejam tomadas para conter o desmoronamento e solucionar os problemas ambientais.
POPULAÇÃO - Na região, empresários e pedestres estão em alerta, já que com o desmoronamento algumas fissuras já são vistas sobre o asfalto da ponte. “É uma vergonha uma obra como essa já apresentar esse estado, isso prova que cada vez mais tem faltado qualidade na realização de obras públicas”, afirmou o gestor público, Pedro Aquino, 42.
Ainda segundo ele, há um ano trabalhando em uma empresa localizada ao lado da ponte, nunca viu nenhum tipo de fiscalização no local depois que os problemas começaram a aparecer. Maria Aparecida Novais, 54, conta que passa pelo local com certo receio. “Eu passo aqui desconfiada, porque depois que fiquei sabendo daquela ponte que desmoronou no Rio de Janeiro e agora com essa terra desmoronando aqui a gente pensa em muita coisa, ainda mais essas obras feitas as pressas”.
OUTRO LADO - A assessoria de imprensa da Defesa Civil informou que o ofício foi recebido essa semana e que já está sendo montada uma equipe multidisciplinar formada por técnicos, engenheiros, topógrafos, entre outros que deverão ir até a ponte para avaliar todas as situações denunciadas pelo MPE-MT.