Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

DIÁRIO DE CUIABÁ

Juíza acolhe ação contra 13

terça-feira, 28 de junho de 2016, 09h56

Da Reportagem

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, acolheu denúncia formulada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) referente à segunda fase da operação Seven. As investigações relacionadas a uma fraude na compra de um terreno público na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) apontam um desvio de R$ 7 milhões aos cofres públicos do Estado.

A área está localizada na região do Manso e tem 727 hectares que teriam sido adquiridos com o único intuito de desviar dinheiro dos cofres públicos. Por isso, agora todos que são réus na ação penal irão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva e organização criminosa.

São acusados o médico Filinto Correa da Costa e seus dois filhos, o advogado João Celestino Correa da Costa Neto e o empresário Filinto Correa da Costa Junior; o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”; os ex-secretários de Estado Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi; o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto; o ex-presidente da Metamat (Companhia Mato-Grossense de Mineração), João Justino Paes de Barros; o diretor do Sesc em Mato Grosso, Marcos Amorim da Silva; o fazendeiro Roberto Peregrino Morales; e os empresários Luciano Cândido do Amaral, Antônia Magna Batista da Rocha e André Luiz Marques de Souza.

Na denúncia, são narrados 11 casos de como o grupo de 13 pessoas tentou ocultar o patrimônio desviado através de negócios com factorings, compra de fazenda, veículos e motos de luxo e ainda depósitos para familiares. O Gaeco indicou cinco testemunhas, que são Egnaldo da Silva Gois, José Gonçalo de Souza, João Bertoli Filho, Fernanda Valentina Pereira Nunes e Benedito Bento Sobrinho.

Ao acolher a denúncia e autorizar a abertura de ação penal, a juíza Selma Arruda ressaltou que não é necessário intimar os réus para apresentarem defesa preliminar antes de receber a acusação. Isso porque a acusação feita pelo Gaeco foi “amparada em indícios de autoria e materialidade” e trouxe documentos e provas testemunhais.

O grupo denunciado na segunda fase da operação Seven é acusado de ter cometido crimes para esconder a origem ilícita do dinheiro adquirido com a venda das terras. O ex-secretário Pedro Nadaf, por exemplo, simulou a negociação de uma fazenda e a compra de um carro para ocultar a origem dos cheques emitidos pelo médico Filinto Correa da Costa. (RC)

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