Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Melhorias são determinadas

sexta-feira, 19 de agosto de 2016, 10h15

NATÁLIA ARAÚJO
DA REDAÇÃO

O governo do Estado tem 90 dias para reparar as instalações e os equipamentos do Centro Estadual de Odontologia para Pessoas Especiais (Ceope). A decisão judicial, em caráter liminar, atende pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), que aponta que os problemas se arrastam desde 2013. Faltam desde material de expediente, os arquivos de pacientes antigos precisam ser direcionados para uma sala com melhor forma de armazenamento, há goteiras no teto e infiltrações nas paredes.

Nos consultórios, falta material para os profissionais trabalharem, as cadeiras e os compressores estão estragados. Um funcionário que trabalha ali há mais de dois anos e não quis se identificar, aponta que desde que assumiu a função presencia esse tipo de situação que já foi levada à Secretaria de Estado de Saúde (SES), mas nada foi resolvido. Os aparelhos de ar condicionado de dois setores estão danificados há seis meses e ainda não passaram pelo conserto.

O quadro complicado é percebido também por quem frequenta o centro e depende dos serviços. “Precisa mesmo de uma reforma geral aqui”, diz Lucy Siqueira, 65, que acompanha o filho João Bosco, 38, com paralisia cerebral. Ela conta que João começou a frequentar o Ceope em 2006. As visitas duraram até 2014 e, desde então, faltaram vagas para o atendimento.

Depois, informaram que faltava material para os procedimentos. No caso de João, é feito o acompanhamento e a profilaxia. “Agora que conseguimos voltar”. Lucy ressalta a importância de um centro com esse tipo de especialidade para atender ao público especial. Ela comenta que em muitos casos, algumas pessoas não permitem que a limpeza bucal seja feita em casa, ressalta que precisam de um tratamento diferenciado.

“Nós conseguimos fazer essa parte, mas outros não e contam com um local como esse para auxiliar nessa atividade, nesse atendimento”. Mesmo com os problemas, a mulher ressalta que ainda assim, o centro faz um bom trabalho. “Entendo que eles fazem tudo dentro das limitações que possuem, mas realmente precisa de uma mudança na estrutura”, cobra a mulher.

MULTAS - Em caso de descumprimento da decisão judicial, haverá aplicação de multa diária que varia de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. A responsabilidade pelo pagamento da multa recairá de forma solidária ao governador Pedro Taques e ao secretário de Estado de Saúde, João Batista Pereira da Silva.

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