GAZETA
Fabris se diz “aliviado”
segunda-feira, 05 de setembro de 2016, 10h47
GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO
Denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como um dos participantes em uma suposta fraude na emissão das cartas de crédito, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) se disse “aliviado” com as declarações do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, acerca do parecer usado pela promotora Ana Bardusco no oferecimento da denúncia.
A declaração foi dada da tribuna da Assembleia Legislativa, na última semana. Fabris ressaltou que o “alívio” com a manifestação do magistrado é motivado pelo fato de que enquanto há vários pareceres atestando a legalidade da operação, que resultou na emissão de títulos aos agentes fazendários, o MPE utiliza para formular a acusação apenas o documento emitido pela Controladoria Geral do Estado (CGE), à época Auditoria, que apontou para falhas nos cálculos feitos nos processos de cada um dos 247 servidores.
Para o parlamentar, a análise feita nos cálculos pelo Conselho Regional de Economia de Mato Grosso (Corecon/MT), bem como pelo perito contratado a pedido de sua defesa, que pugnou pela produção antecipada de provas, deferida pelo desembargador Pedro Sakamoto, atestam a legalidade da transação e a economia gerada ao Estado por conta da negociação.
Em maio deste ano, o MPE apresentou denúncia contra 15 pessoas, entre elas Fabris, os ex-secretários de Fazenda Eder Moraes e Edmilson Pereira, procuradores, representantes sindicais e advogados. O MPE pede, na denúncia, a devolução de R$ 418 milhões, valor que teria sido desviado dos cofres do Estado por alegada emissão de cartas de crédito supostamente indevidas e supervalorizadas. Pelos mesmos fatos, os acusados já respondem a outra ação, na esfera cível, e seus bens foram bloqueados.