Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Politec descarta edição

segunda-feira, 10 de outubro de 2016, 16h23

GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO

Laudo emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontam que as vozes constantes nas gravações entregues pelo advogado Júlio César Rodrigues Domingues aos delegados e promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) pertencem ao advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo e ao deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB). Os peritos também afirmaram que não houve nenhuma edição fraudulenta nos arquivos e que os registros encontrados correspondem ao período temporal alegado pelo advogado, novo delator da Operação Ventríloquo.

A perícia foi solicitada pelos promotores do Gaeco em março deste ano, logo após a apresentação dos arquivos por parte de Domingues, que naquele mês prestou dois depoimentos, incriminando Romoaldo e o chefe de gabinete dele, Francisvaldo Mendes Pacheco, como participantes da fraude que teria desviado mais de R$ 9,4 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) por conta do pagamento de uma dívida do Legislativo com uma instituição financeira.

No documento, os peritos destacaram que o material encaminhado para análise era adequado e que os ruídos existentes nos diálogos não eram suficientes para inviabilziar a comprovação. Ao analisar os dois diálogos em que constam declarações atribuídas a Mielli, os peritos concluiram que “os resultados dos exames suportam moderadamente a hipótese de que as amostras de falas foram produzidas pelo mesmo indivíduou, correspondente ao nivel +2 da escala, que varia de -4 a +4”.

Já no caso de Romoaldo, a certeza de que se trata da voz do parlamentar é maior. “Os resultados dos exames suportam fortemente a hipótese de que as amostras de falas foram produzidas pelo mesmo indivíduo”. Neste caso, a classificação atinge o grau +3. O laudo, junto com a transcrição dos diálogos, foi juntado ao processo que apura a autoria do crime, tanto na primeira instância, quanto na segunda, onde tramita a investigação contra os detentores de prerrogativa de foro por função, caso do peemedebista.

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