Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

DIÁRIO DE CUIABÁ

Seduc oferece 452 salas “especiais”

quinta-feira, 13 de outubro de 2016, 09h56

Aline Almeida
Da Reportagem

Cerca de 40% das escolas estaduais de Mato Grosso estão recebendo alunos especiais no ensino regular. Das 756 unidades de ensino, 326 atendem alunos especiais. Dos cerca de 400 mil alunos que estão matriculados nas escolas estaduais, pouco mais de 1%, 4.454 são especiais.

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no Estado atualmente são 452 salas de recursos multifuncionais, que apresentam um conjunto de materiais didático-pedagógicos, mobiliário e softwares que visam a diminuir as barreiras do aprendizado e atendimento de alunos com deficiências diversas. Além disso, os alunos surdos contam com intérpretes em libras.

Para atender as necessidades dos alunos, a Seduc diz ainda que as escolas contam com professor da sala de recurso para preparar material em braille para os professores em sala de aula para atendimento aos estudantes cegos. E ainda são 697 auxiliares de turmas atuando para atender estudantes dependentes para se locomover e se alimentar.

A Seduc conta ainda com cinco unidades escolares para atendimento à Educação Especial. Em Cuiabá a Raio de Sol, Livre Aprender, Centro Estadual de Atendimento e Apoio ao Deficiente Auditivo (Ceaada). Em Várzea Grande, a Luz do Saber e o Centro de Habilitação Profissional Celia Rodrigues Duque (CHP). Ao todo nestas unidades são atendidos 585 estudantes.

Mesmo assim, mães de alunos encontram dificuldades no que tange ao atendimento a esses alunos. Como num caso que está sob a investigação do Ministério Público Estadual. Por meio de inquérito civil instaurado pelo promotor Henrique Schneider Neto, assinado no dia 06 de outubro, está sendo apurado suposto tratamento dispensado a um aluno que depende de cuidados especiais na Escola Estadual Cesário Neto, em Cuiabá.

A denúncia foi feita pela mãe do aluno R.P.L., de 20 anos. O estudante sofre de epilepsia e esquizofrenia e está matriculado no 9° do ensino fundamental e não estaria sendo atendido adequadamente. O documento reforça que o mesmo estaria inclusive sofrendo bullying pelos demais alunos e os professores não estariam prestando auxílio. A mãe informou ainda na denúncia que, em maio do ano passado, já havia solicitado que o estudante cursasse o ensino médio.

Porém, foi informada de que teria que aguardar seis meses para a conclusão do 9° ano e que, no momento da rematrícula, a escola faria a alteração. Ou seja, no início deste ano, o aluno passaria a cursar o ensino médio. Entretanto, até o momento, não teria sido feita a evolução. A Seduc-MT disse que ainda não foi notificada da ação. Porém, a Superintendência de Diversidades entrou em contato com a gestão escolar para se interar sobre o caso e tomar as devidas providências.

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