Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Denúncia é aceita na 7ª Vara Criminal

sexta-feira, 04 de novembro de 2016, 10h24

GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO

A Justiça de Mato Grosso aceitou a denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réu em ação penal o ex-chefe de gabinete do deputado Romoaldo Júnior (PMDB), Francisvaldo Mendes Pacheco, o Dico. A decisão foi proferida pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, e divulgada nesta quinta-feira (3).

Pacheco é acusado de ter recebido mais de R$ 300 mil de dinheiro supostamente desviado da Assembleia Legislativa entre os anos de 2013 e 2014. Ele segue preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Pacheco foi preso no dia 5 de outubro, quando foi deflagrada a operação “Filhos de Gepeto”, segunda etapa da operação “Ventríloquo”.

Nove dias depois, ele foi demitido do cargo que ocupava no Legislativo. No processo, o ex-chefe de gabinete de Romoaldo deverá responder pelos crimes de constituição de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Conforme a denúncia,Pacheco integrou uma organização criminosa que desviou R$ 9,4 milhões dos cofres públicos por meio de fraude no pagamento de uma dívida do Legislativo com uma instituição bancária.

A investigação contou com a participação do advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, que havia firmado um acordo de colaboração premiada. Ele revelou a participação do ex-deputado José Geraldo Riva, do advogado Julio Cesar Domingues Rodrigues e de outros dois ex-servidores da Assembleia Legislativa, Anderson Flavio de Godoi e Luiz Marcio Bastos Pommot.

No entanto, em meados deste ano, Rodrigues firmou um acordo de colaboração e revelou que Camargo havia “blindado” outros personagens, que teriam participado da trama, caso de Pacheco e de Romoaldo. Rodrigues foi denunciado pelo MPE, em outubro, pelo crime de extorsão e irá responder ao processo, vez que Selma já havia aceitado a denúncia. A investigação contra Romoaldo corre no Tribunal de Justiça, uma vez que ele conta com foro por prerrogativa de função.

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