Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Curvo direciona foco para Saúde

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017, 10h17

ULISSES LALIO
DA REDAÇÃO

O novo procurador-geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curvo, comparou corrupção ao câncer e prometeu que os servidores do Ministério Público do Estado (MPE) não descansarão enquanto não combater a corrupção em Mato Grosso. Além disso, Curvo também falou que sua missão à frente do MPE também focará em auxiliar os municípios e ao Estado na busca por soluções na Saúde Pública.

Curvo foi o mais votado entre três candidatos e nomeador pelo governador Pedro Taques (PSDB), como o novo representante do órgão fiscalizador. As declarações foram dadas a reportagem de A Gazeta, na última quinta-feira (12). A Gazeta - Quais serão suas prioridades a frente do Ministério Público?

Mauro Curvo - Eu não sei como é o cargo de procurador-geral porque nunca tive este posto. Mas estou há oito anos trabalhando na gestão do órgão ao lado dos procuradores-gerais que aqui passaram. Então um lado de ser gestor eu já tenho experiência de ser ordenador de despesas, o lado de conhecer a instituição também não é novidade, pois nesse tempo viajei por todo o Estado e conversei com os colegas.

Mas não tenha dúvida que pretendo levar o melhor serviço a sociedade durante o período que aqui estiver. Friso dois pontos que terei especial atenção: o combate sistemático da corrupção e a questão da saúde. Este segundo ponto, acredito que foi o meu diferencial nessa
campanha para me eleger e conquistar o maior número de votos.

A Gazeta - Sobre o primeiro dos seus objetivos o combate à corrupção como o senhor pretende atuar?

Mauro Curvo -
Nós do Ministério Público não descansaremos enquanto não combatermos a corrupção. Pois ela é como um câncer na sociedade. A corrupção deve ser combatida, pois tira vidas inocentes: mata na medida que o dinheiro que iria para os hospitais é desviado e o cidadão que precisa não é atendido; mata nas rodovias, pois o dinheiro que seria investido em um asfalto de qualidade não é feito e o motorista passa em um buraco, se acidenta e morre; Na educação mata o futuro de nossas crianças, na medida que o investimento não é o suficiente para um bom ensino. Ela é combatida no dia-a-dia dos colegas do patrimônio público, pelo Gaeco, e ai não tenha dúvida que todo desvio de conduta vai ser apurado até a ultima extensão isso vai ser apurado.

A Gazeta - O senhor pretende fortalecer o Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco)?

Mauro Curvo - O MPE de Mato Grosso é o que tem hoje a melhor estrutura física de trabalho, o que vamos fazer é colocar mais um colega, para melhorar, e trabalhar com tecnologia. Gente e tecnologia, esse somatório vai nos dar resultados no combate à corrupção, que é essencial. Vêm colegas de outros estados, porque a estrutura do Gaeco do Estado de Mato Grosso é hoje a melhor do Brasil. Por isso que a gente vem colhendo esses resultados, porque houve investimento no combate ao crime organizado e no combate à corrupção.

A Gazeta - Na área de Saúde como o MPE pode ajudar a sociedade?

Mauro Curvo - Precisamos trabalhar  a saúde para a sociedade. Baseando-me na ideia de economicidade, quero trazer gestão, trazer racionalidade para as aquisições feitas na área da saúde. Estamos propondo que os municípios junto com o Estado façam, por exemplo, um único pregão de registro de preços para todo o Estado. Assim os preços dos remédios, do material e do equipamento hospitalar vão despencar.

A partir dai, esse montante economizado, pode ser usado para a contratação de serviços médicos e o cidadão ser atendido mais perto de onde ele mora. Esse processo evitará a superlotação do Pronto Socorro de Várzea Grande e Cuiabá, dando dignidade para todo mundo que mora nesse Estado e que precisa da saúde pública.

A Gazeta - Em tempo de crise, contenção de gastos e atrasos em repasses como gerir o órgão que contará com o mesmo recurso de 2016?

Mauro Curvo - O que precisamos fazer é encontrar um equilíbrio. O segredo da coisa é isso - onde consigamos controlar os gastos sem prejudicar os serviços e os servidores. E esse equilíbrio eu posso garantir: ele pode ser alcançado. No Ministério Público, pelo menos nos oitos anos que estou aqui, vem cumprindo todos os ditames da lei de responsabilidade fiscal e devemos gastar em torno de 1,7% com salários, quando nosso teto é 2%.

Mas porque nós fazemos isso? Pois sabemos falar não. Temos prioridades. Ser gestor é saber falar não. Muitas vezes não se fala o não e ai você aparelhando o Estado com muita gente, que não havia necessidade quando se dá por conta já extrapolou todos os limites. Isso é gestão, não é que o dinheiro está sobrando é que nós temos controle. Como que alcançamos isso: fazendo boa gestão do pouco dinheiro, boas licitações, é saber falar não e ser criativos. Que outro órgão hoje está na condição de dizer: pode pegar todos os nossos limites e nós respeitando todos eles ter condição de pagar o RGA. Quisera que o Brasil tivesse uma gestão assim e nós estamos no Brasil. Vivemos da nossa gestão
.

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