Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Permínio admite que ‘foi omisso’

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017, 11h00

RAFAEL COSTA
REPÓRTER DO GD

O ex-secretário de Estado de Educação Permínio Pinto (PSDB) compareceu na tarde desta sexta-feira (27) ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para prestar novo depoimento nas investigações relacionadas à suspeita de fraude na educação de Mato Grosso.

Após analisar materiais apreendidos nas fases das operações Rêmora, Locus Delicti e Grão Vizir, novos inquéritos foram abertos pelos promotores de Justiça envolvendo a suspeita de crimes de crimes como formação de cartel de empreiteiras para fraudar licitações e pagamento de propina aos servidores públicos estaduais.

Aparentemente tranqüilo, Permínio Pinto compareceu sorrindo exatamente às 14h, horário em que estava marcado o depoimento. O tucano evitou a imprensa na entrada e saída e aceitou falar somente por meio do seu advogado, Artur Barros de Freitas Osti. “Ele veio aqui para confirmar fatos que estão em juízo e assume que adotou uma postura omissa.

O ex-secretário não participou de nenhuma fraude em licitação ou acordo neste sentido. Ele está assumindo a parcela de culpa que é da conduta dele que foi a omissão. Não agiu para combater as fraudes”, disse. Com relação aos questionamentos feitos pelos promotores de Justiça, o advogado Artur Barros se limitou a dizer que o ex-secretário Permínio Pinto não tem relação alguma com os fatos em apuração.

“Em relação aos fatos que estão sendo ventilados não tem responsabilidade alguma. Que cada um arque com suas responsabilidades. O que foi exposto é totalmente alheio a ele”, disse. De acordo com o Gaeco, novos fatos surgiram no decorrer das investigações e por isso novos depoimentos são importantes para esclarecer determinados pontos.

Na segunda-feira, os promotores ouvem o empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora, e que firmou termo de delação premiada com o Ministério Público Estadual. As revelações feitas por Guizardi permitiram a ampliação do espectro da investigação, que chegou até o empresário Alan Malouf. Ele será interrogado pelos promotores na próxima quarta-feira (1º).

Preso em dezembro e solto logo em seguida, Malouf é considerado peça chave para a conclusão do inquérito. O Gaeco já recorreu do habeas corpus concedido pela Justiça no dia 24 de dezembro de 2016 e não descarta pedir novamente a prisão dele. O esquema envolveria crimes de fraudes em licitações e superfaturamento de construção e reformas de escolas da rede estadual.

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