Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Viriato era homem de confiança de BarbosaAlan Malouf e mais quatro se tornam réus

quinta-feira, 16 de março de 2017, 12h20

REPÓRTER DO GD

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, aceitou na terça-feira (14) denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e abriu ação penal por corrupção passiva contra os empresários Allan Malouf e Giovani Guizardi, o ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB), o ex-assessor especial Fábio Frigeri, e o ex-superintendente de Infraestrutura Escolar, Wander Luiz dos Reis.

Todos irão responder pelo crime de corrupção passiva. Trata-se de mais um desdobramento da Operação Rêmora, deflagrada em maio do ano passado para desmantelar uma organização criminosa que atuava para desviar dinheiro da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio de pagamento de propina a servidores e fraudes em licitação.

De acordo com a denúncia criminal, nos meses e março e abril de 2015, Fábio Frigeri, em comum acordo com Permínio Pinto e Wander Luiz dos Reis, cobraram propina ao empresário Ricardo Sguarezi para autorizar pagamentos a Relumat Construções e Aroeira Construções LTDA. Ambas as empresas mantinham contratos com a Secretaria de Educação e prestavam serviços de reforma e construção de escolas públicas.

A quantia cobrada correspondia a 5% dos valores que cada empresa tinha a receber. Se a propina não fosse paga, os serviços prestados pelas empresas não seriam pagos Ficou comprovado nas investigações que o empresário Ricardo Sguarezi recebeu quatro pagamentos por meio de contratos mantidos com a Secretaria de Educação e devolveu parte do dinheiro recebido.

Por isso, no dia 16 de maio, no interior da sala que ocupava na Secretaria de Educação, Fábio Frigeri recebeu um cheque de R$ 20 mil da Aroeira Construções e destinou parte do dinheiro a Wander Luiz dos Reis. No total, são narrados na denúncia criminal sete episódios de corrupção passiva considerados pela juíza Selma Arruda suficientes para gerar a abertura de um processo criminal, ainda mais pelo volume de provas que constavam nos autos. A magistrada ainda autorizou o compartilhamento de provas com o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público, responsável em oferecer à Justiça ações por improbidade administrativa.

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