GAZETA
Executores são indiciados
quarta-feira, 10 de maio de 2017, 12h57
ANDRÉIA FONTES
DA EDITORIA
Quatro homens foram indiciados pela chacina na Gleba Taquaraçu do Norte, em Colniza (1.065 km a Noroeste), todos como executores. Destes, dois já estão presos e dois são procurados pela Polícia. Este inquérito já está no Fórum da cidade e será encaminhado para análise do Ministério Público do Estado. Entretanto, as investigações em relação às 9 mortes, ocorridas no dia 19 de abril deste ano, ainda não terminaram.
Em um inquérito complementar a Polícia continua as investigações em relação aos mandantes. As primeiras informações apontavam para um mandante, que seria proprietário de uma madeireira na região de Colniza e a motivação da chacina seria a briga pela exploração das terras onde está a gleba, rica em madeira, mas também em ouro.
Além da madeireira, este homem investigado ainda é proprietário de manejo e fazenda na região. Apesar disto, ele não é de Mato Grosso e sim de Machadinho D’Oeste (RO). E a Polícia já trabalha com a possibilidade de outros envolvidos no mando deste chacina. Foi justamente em Machadinho D’Oeste que foi preso um dos pistoleiros, Paulo Neves Nogueira, 35. O outro, Pedro Ramos Nogueira, 52, o “Doca”, foi encontrado no Distrito de Guatá, em Colniza.
Os outros dois executores, que estão foragidos, são os considerados mais perigosos. Trata-se Ronaldo Dalmoneck, o “Sula”, 33, que seria responsável pela decapitação de algumas das vítimas, e o ex-policial militar de Rondônia, Moisés Ferreira de Souza, o “Moisés do COE” (Comando de Operações Especiais), suspeito de chefiar os “Encapuzados”, grupo que executa serviços a mando de fazendeiros. Moisés e Ronaldo respondem a outros crimes e a base deles seria justamente Machadinho D’Oeste.