Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

AMMP dá apoio a Zaque

quarta-feira, 17 de maio de 2017, 10h39

KARINE MIRANDA
REDAÇÃO DO GD

A Associação Mato-grossense do Ministério Público  Estadual saiu em defesa do promotor Mauro Zaque, responsável por encaminhar a denúncia sobre suposto esquema de interceptações telefônicas ilegais à Procuradoria Geral da República (PGR). Em nota pública enviada à imprensa, a associação aponta a necessidade de apuração e responsabilização dos envolvidos.

Conforme a denúncia, um grupo de policiais militares teria agido à margem da lei, supostamente a mando de membros do primeiro escalão do governo Pedro Taques (PSDB), e grampeou ao menos 120 pessoas. Jornalistas, assessores parlamentares da AL e até a deputada Janaina Riva (PMDB), figuram na lista dos grampeados.

O caso só veio à tona após uma matéria do Fantástico, da Rede Globo, onde promotor Mauro Zaque aparece denunciando todo o esquema. Em nota, os promotores e procuradores de Justiça do Estado declararam irrestritamente o apoio ao promotor. São signatários da nota o presidente da Associação, o promotor Roberto Aparecido Turin, e o diretor de Defesa Institucional, promotor Ezequiel Borges.

“Pela atitude de respeito irrestrito à lei e pela consciência da seriedade e gravidade dos fatos e da necessidade de apuração e responsabilidade dos envolvidos nas fraudes e a punição rigorosa dos transgressores”, diz. Ainda segundo a nota, as alegações de má-fé deduzidas judicialmente para obtenção de escutas telefônicas que não visam à elucidação de crimes, somente à manutenção da vigilância clandestina de terceiros, são dignas de repúdio, além de ferir a democracia.

“Fragiliza as instituições democráticas, viceja forças paralelas, institui burla inaceitável ao sistema jurídico, insulta a Constituição Federal, as liberdades individuais e o Estado de Direito”, diz. Conforme as denúncias, os grampos ocorreram por meio de um esquema chamado “barriga de aluguel”, no qual dezenas de números de telefones foram inseridos de forma criminosa em uma ação de quebra de sigilo telefônico, autorizada pelo juiz Jorge Alexandre Ferreira, quando atuava na comarca de Cáceres.

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