GAZETA
MPE denuncia 22 por esquema
quinta-feira, 06 de julho de 2017, 10h37
GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MP) denunciou 22 pessoas após a conclusão da primeira etapa da Operação Convescote, que desmantelou um esquema de desvio de recursos públicos por meio de empresas de fachada, que simulavam a prestação de serviços em convênios firmados pela Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe) com órgãos da administração pública.
Além de buscar provas contra novos investigados, que surgiram no decorrer da apuração, os delegados e promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), já constataram indícios da prática dos crimes de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Foram denunciados Claúdio Roberto Borges Sassioto, Marcos Moreno Miranda, Luiz Benvenuti Castelo Branco de Oliveira, José Carias da Silva Neto ,Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira, João Paulo Silva Queiroz ,Jose Antonio Pita Sassioto ,Hallan Gonçalves de Freitas, Marcos José da Silva, Jocilene Rodrigues de Assunção, Marcos Antonio de Souza, Elizabeth Aparecida Ugolini, Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim, Alison Luis Bernardi, Nerci Adriano Denardi, Márcio José da Silva, Tschales Franciel Tschá, Drieli Azeredo Ribas, Marcelo Catalano Correa, Sued Luz e Odenil Rodrigues de Almeida.
O oficial de Justiça Eder Gomes de Moura responderá por corrupção ativa. De acordo com o Gaeco, Marcos José da Silva e Jocilene são apontados como os líderes da suposta organização criminosa. Casados, eles teriam movimentado, apenas no que já foi identificado, R$ 3 milhões dentro do esquema. Marcos, na condição de servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), era o responsável por atestar o serviço prestado.
Em um dos documentos, os investigadores encontraram um relatório datado em “30 de fevereiro de 2015”. Os delegados e promotores do Gaeco acreditam que os desvios são “exponencialmente maiores”. “O teor dos interrogatórios dos investigados, aliado à documentação apreendida, sugerem que o número de empresas e pessoas envolvidas no esquema criminoso, bem como o prejuízo causado aos cofres públicos sejam exponencialmente maiores”, afirmam na denúncia.
Ao menos cinco pessoas seguirão sob investigação e não serão denunciadas neste momento. Isso porque há prazos a serem cumpridos por parte dos membros do Gaeco, uma vez que seis pessoas seguem presas preventivamente. “O fato de existirem investigados presos por força de mandados de prisão preventiva tornou necessário o oferecimento da denúncia com relação àqueles cujas provas já representam justa causa para tanto, e a continuidade das investigações com relação aos demais”.
Além da denúncia contra as 22 pessoas, o Gaeco pediu o arquivamento da investigação contra Alysson Sander de Souza e Fabricio Ribeiro Nunes Domingues. Após analisarem os documentos, os membros do MP constataram que não há nenhum indício da participação deles no esquema.