Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Policlínica deve ser reaberta

terça-feira, 18 de julho de 2017, 11h28

DANTIELLE VENTURINI
DA REDAÇÃO

Há mais de um ano fechada, a Policlínica Dr. Silvio Curvo, localizada no bairro Pascoal Ramos, que oferecia serviços ambulatoriais e consultas com especialistas aos moradores da região, deve ser reaberta até dezembro. O Ministério Público do Estado (MPE) notificou a Prefeitura de Cuiabá para que em 150 dias restabeleça os serviços na unidade. Há algumas semanas o prédio foi alvo de vandalismo.

Na policlínica os moradores contavam com especialistas na área de pediatria, ginecologia, psicologia, ortopedista, fisioterapia, pneumologia, farmácia e pequenas cirurgias. Após o fechamento, os pacientes ficaram desassistidos. A unidade foi fechada em meados de junho de 2016, no mesmo dia da inauguração da Unidade de Pronto Atendimento do Pascoal Ramos, com a desculpa de que passaria por uma readequação predial, por ser uma unidade muito antiga, mas não voltou a abrir as portas.

De acordo com o presidente do bairro, Edmilson Batista, os moradores estão desassistidos já que na UPA apenas serviços de urgência e emergência são atendidos. Ele lembra que a policlínica era uma das unidades referência na capital e além dos serviços ofertados, tinha ainda uma equipe de saúde da família “espetacular”. “O que era feito pelos trabalhadores aqui era algo muito bom para a comunidade, que tinha acompanhamento médico de primeira”.

Moradora do bairro, Santa Celestina Carlos, 70, afirma que a unidade tem feito muita falta já que fazia um acompanhamento com os especialistas. “Quando fecharam a policlínica foi um susto. Todo mundo ficou muito desapontado porque os serviços eram bons, os profissionais também eram queridos, e agora a maioria não faz mais os acompanhamentos”. Conforme ela foi anunciado que os pacientes da unidade seriam regulados para outras, mas isso não ocorreu até hoje.

O promotor de Justiça Alexandre Guedes, responsável pela notificação recomendatória, afirmou que um relatório técnico foi realizado pela assistência social do Núcleo de Apoio à Cidadania e demonstrou que, além da desativação de vários serviços ambulatoriais e de terapia, os prontuários dos pacientes da policlínica estão abandonados no prédio desativado.

“Essa situação demonstra que os usuários do serviço sequer foram regulados para outras unidades de saúde”. Conforme o presidente do bairro, muitas pessoas que precisavam com urgência dar continuidade aos tratamentos, precisaram procurar o atendimento particular.

Diante dessa situação, Batista explica que no ano passado procurou o Conselho Municipal de Saúde para garantir a manutenção das especialidades médicas e que a unidade fosse reaberta em 90 dias, o que não ocorreu. “Espero que agora essa recomendação do MPE seja cumprida, pois a unidade é importante para a população daqui da região”.

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