GAZETA
Justiça condena João Emanuel a 13 anos
quarta-feira, 20 de setembro de 2017, 08h54
GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO
O ex-vereador João Emanuel Moreira Lima foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, pela Justiça de Mato Grosso. A decisão foi proferida pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda. Ex-presidente da Câmara Municipal, ele foi considerado culpado do crime de lavagem de dinheiro, dos mais de R$ 1,5 milhão desviados dos cofres do Legislativo da Capital.
Além dele, outras duas pessoas também foram condenadas. Cabe recurso da decisão. Com a mais recente condenação, João Emanuel já conta com mais de 30 anos de prisão a cumprir. Ele está detido há cerca de um ano, no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), por conta de outra decisão da Justiça de Mato Grosso. O desvio do dinheiro cuja lavagem lhe rendeu mais esta condenação fez com que o ex-parlamentar recebesse pena superior a 18 anos em outro julgamento.
Neste caso, o ex-vereador foi processado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). A acusação é que ele teria usado em proveito próprio os recursos desviados do Legislativo por meio de contratos fraudulentos com a empresa Propel. Após a simulação da contratação, segundo a acusação, o sócio da Propel, Gleisy Ferreira de Souza, emitia cheques em favor de Guedey Araújo que os descontava e entregava o dinheiro em espécie ao ex-vereador.
Ao rastrearem os recursos desviados, os delegados e promotores descobriram que parte do valor foi usada para quitar uma parcela de um carro importado, para custear uma viagem para Disney com sua ex-esposa e com a irmã dela e para realizar um conserto na casa de seu exsogro, o ex-deputado José Geraldo Riva.
Os outros dois condenados foram Luciano Cândido Amaral e Lucas Henrique do Amaral. O primeiro recebeu como pena seis anos e oito dias, em regime semiaberto. Já Amaral foi condenado a três anos e oito meses em regime aberto. Ambos poderão recorrer da decisão em liberdade. João Emanuel assumiu uma cadeira de vereador e o comando do Legislativo em janeiro de 2013. Alvo de operação por parte do Gaeco em novembro daquele ano, ele teve o mandato cassado em abril de 2014.