DIÁRIO DE CUIABÁ
Vereadores vão ao STF pedir afastamento de prefeito
terça-feira, 03 de outubro de 2017, 10h26
Da Reportagem
Sete vereadores por Cuiabá estiveram em Brasília nesta segunda-feira (02) para pedir o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) do cargo, e ainda solicitar celeridade nas investigações relativas à delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que envolve o chefe do Executivo Municipal. “Temos consciência que a investigação envolvendo ex-governador Silval Barbosa e todos os desdobramentos que dela deriva, é de evidente complexidade, assim como de notória isonomia com o que prega o ordenamento jurídico pátrio.
Por outro lado, os mesmos fatos têm provocado reações desprezíveis de forças contrárias à elucidação das evidências e prevalecimento da verdade”, diz trecho do ofício entregue ao ministro Luiz Fux, onde os parlamentares fazem referência ao áudio apreendido na casa de Pinheiro durante a Operação Melabolge, no qual o ex-chefe de gabinete do governador, Silvio Cesar Correa, afirma ao ex-secretario de Estado, Alan Zanata, que a gravação onde o prefeito aprece recebendo dinheiro foi feito em outro contexto.
Assinaram o documento os vereadores Gilberto Figueiredo (PSB), Marcelo Bussiki (PSB), Dilemário Alencar (PROS), Abílio Júnior (PSC), Sargento Joelson (PSC), Eliseu Nascimento (PSDC) e Felipe Wellaton (PV). De acordo com eles, a intenção é “manifestar o desejo da população cuiabana em receber uma resposta célere quanto ao suposto envolvimento do prefeito de Cuiabá e outras autoridades, em casos onde são acusados de corrupção”.
Para tanto, os parlamentares pedem que, as informações colhidas no inquérito a cerca da participação do prefeito em esquemas criminosas, sejam compartilhadas com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público de Mato Grosso. A ida dos vereadores à Brasília foi motivada por uma reunião realizada entre os parlamentares e o procurador-geral de Justiça do Estado Mauro Curvo, no último dia 14 de setembro.
Na oportunidade, o representante do órgão ministerial disse que a Corte não poderia tomar nenhuma providencia quanto ao tema, tendo em vista que as investigações estavam concentradas no Supremo Tribunal Federal (STF). Diante disso, foram protocolados ofícios para o ministro Luiz Fux, e para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Os parlamentares em questão tentaram instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Pinheiro. Contudo, não conseguiram assinaturas suficientes para abrir o procedimento.