GAZETA
Prefeitura e MP divergem
terça-feira, 03 de outubro de 2017, 10h29
LUIZ ESMAEL
DA REDAÇÃO
O secretário de Cultura, Esportes e Turismo, Francisco Vuolo, reafirmou ontem que não há nenhum problema nos laudos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Vigilância Sanitária do estádio municipal, presidente Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, que foi impedido de sediar o jogo entre Dom Bosco e Cacerense pela terceira rodada da primeira fase da Copa FMF.
Segundo Vuolo, o estádio está apto a receber duelos de campeonato amadores. Quando se trata de confronto profissional, será preciso a convocação da Polícia Militar, responsável em enviar policiais para fazer a segurança do evento. O secretário ressalta que para a PM se fazer presente no estádio é preciso pagar a Taxa de Segurança, denominada de Taxseg, que não teria sido emitida pela própria PM, que entende que o local aindda continua interditado pelo MPE.
Menos de 24 horas para a partida ocorrer no domingo de manhã, a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) emitiu nota comunicando do cancelamento do jogo. Mesmo assim, vários torcedores do Dom Bosco e do próprio Cacerense estiveram no Dutra no último domingo. Eles não tinham conhecimento do cancelamento do jogo, o que provocou revolta e indignação.
No dia da partida, houve desencontros de informações a respeito do cancelamento. Havia a informação de que o Ministério Público Estadual (MPE) havia interditado o Dutra por falta de laudos. Contudo, Francisco Vuolo desfaz a informação, garantindo que o local está liberado para jogos não profissionais e para um público de pouco de mil pessoas.
O promotor Ezequiel Borges, por meio de sua assessoria de imprensa, negou que tenha interditado o local, mas “recomendado a não realização do jogo em função da ausência de vários laudos, como o de segurança e vigilância sanitária”, por exemplo. Por sua vez, a Federação Matogrossense tenta se esquivar do problema.
A direção da entidade presidida por Aron Dresch ressalta que o Dutra não pertence mais à entidade, e sim a Prefeitura de Cuiabá, que comprou o local em 2011 na gestão do ex -prefeito Chico Galindo. Por meio da assessoria a juíza Patrícia Ceni, responsável pelo Juizado Especial do Torcedor, preferiu não se pronunciar.