Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Deputados serão ouvidos

segunda-feira, 02 de abril de 2018, 14h22

WELINGTON SABINO
EDITOR DO GD

Dando continuidade às investigações da Operação Bereré, que tem como alvo um sistema de pagamento de propina por meio de um contrato do Departamento Estadual de Trânsito (Detran -MT), o Ministério Público Estadual (MPE) agendou para a próxima semana as oitivas dos cinco deputados estaduais citados em depoimentos como possíveis beneficiários do esquema. Serão interrogados Ondaninr Bortolini, o Ninhinho (PSD); Baiano Filho (PSDB); Romoaldo Júnior (PMDB); Wilson Santos (PSDB); e José Domingos Fraga (PSD).

Eles passaram a ser investigados com autorização do desembargador José Zuquim Nogueira. Os interrogatórios serão realizados na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). No total, 12 pessoas serão ouvidas entre os dias 2 e 5 de abril. O pedido para estender a investigação aos parlamentares partiu do Ministério Público. Delegados e promotores que cuidam do caso apresentaram indícios da prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

As acusações foram feitas com base em oitivas de servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa, além de um empresário, todos identificados após uma etapa de quebra de sigilo bancário na investigação. Inicialmente, quando a Bereré foi deflagrada, em 19 de fevereiro, apenas os deputados Mauro Savi e Eduardo Botelho - este último presidente da Assembleia Legislativa -, ambos do DEM, eram alvos da operação. Os gabinetes deles foram alvos de busca e apreensão por parte de agentes do Gaeco e da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz).

A investigação do Detran tem como base a delação premiada do ex-presidente da autarquia, Teodoro Moreira Lopes, o Doia, e também as delações do exgovernador Silval Barbosa e seu irmão, o empresário Antônio da Cunha Barbosa Filho, conhecido como Toninho Barbosa. Os responsáveis pela investigação afirmam que, pelo menos, R$ 27 milhões foram desviados. A Justiça já determinou o bloqueio de bens dos investigados.

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