GAZETA
Projeto visa proteger nascentes
quarta-feira, 04 de abril de 2018, 10h20
DA ASSESSORIA
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) é autor de uma ação que busca a proteção das nascentes da área urbana de Cuiabá para garantir a segurança hídrica e o abastecimento de água potável para as futuras gerações. O principal objetivo do projeto é garantir a eficiência da água potável por meio da identificação, preservação e recuperação das nascentes. Promotor de Justiça, Gerson Barbosa demonstra otimismo quanto aos resultados após dois anos de execução. Nesse período, foram criados procedimentos metodológicos para mapeamento, caracterização, monitoramento e reparação de danos ambientais das nascentes urbanas de Cuiabá, que estão sendo sintetizados em um manual.
Além disso, foi desenvolvido um aplicativo que possibilita a contribuição de cidadãos para o mapeamento, a partir do envio de informações e imagens georreferenciadas de possíveis novas nascentes. “Temos a consciência de que os procedimentos utilizados em Cuiabá podem ser úteis para outros municípios, pois é sabido que mais de 800 cidades sofrem com crise hídrica”. O primeiro passo foi identificar o estado de conservação das nascentes dentro da cidade para mapear quais ameaças poderiam levar à extinção desses pontos e, consequentemente, à escassez do recurso.
Segundo o professor Alberto Siqueira, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), o levantamento apontou que quase todas nascentes em Cuiabá estão em estágio avançado de degradação. “Constatamos que a poluição, o uso irracional e clandestino da água foram os principais fatores que comprometeram a disponibilidade desse recurso natural”. Este ano o Brasil será sede do 8º Fórum Mundial da Água e iniciativas como essa colocam ainda mais em foco a importância da preservação e do cuidado com este valioso recurso, pontua Victor Hugo Azevedo, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público. O Projeto “Água para o Futuro” é uma iniciativa do MPE, em parceria com o Instituto Ação Verde e a UFMT.
