Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Justiça aceita denúncia do MP

quarta-feira, 09 de maio de 2018, 16h10

DANTIELLE VENTURINI
DA REDAÇÃO

Justiça de Mato Grosso aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o empresário Guilherme Dias de Miranda e contra Wallisson Magno de Almeida Santana, acusados de matar o personal trainner Danilo Nascimento de Souza Campos, 28. Guilherme foi denunciado como mandante e o seu amigo como executor.

Os dois estão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE). O crime aconteceu em novembro de 2017, em Cuiabá. Agora o juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Flávio Miráglia Fernandes, deverá marcar a audiência de instrução para serem ouvidas eventuais testemunhas e os réus interrogados. Durante a fase de inquérito feito pela Polícia Civil, os dois permaneceram calados e alegaram que só falariam em juízo.

De acordo com a denúncia, Guilherme teria mandado matar Danilo por ciúmes. O personal teria tido um caso com a mulher do empresário, que foi aluna de Danilo. A suspeita apontada como a pivô do crime é acusada de armar uma emboscada para a vítima, para quem ligou e marcou um encontro no local onde ele foi executado.

Ela chegou a ser presa, mas foi solta logo em seguida após colaborar com as investigações e declarar ter sofrido ameaças do ex-companheiro. Só após o assassinato de Danilo, familiares souberam que ele vinha sendo ameaçado pelo mandante do crime, que chegou a ir até a academia onde ele trabalhava, além de ameaçá-lo por telefone.

O relacionamento do jovem com a esposa de Guilherme teria durado cerca de quatro meses. O personal é filho do vereador por Várzea Grande, Nilo Campos (DEM). Ele acredita que, com o recebimento da denúncia, a justiça será feita e a morte de Danilo não ficará impune.

“Eles serão levados a júri popular e devem pagar pelo que fizeram ao meu filho”. Guilherme e Wallisson foram presos quase cinco meses depois do crime, em São Paulo. Os dois estavam com passagens compradas para fugir do país. Conforme a investigação feita pela delegada Alana Cardoso, o assassinato teria sido acompanhado por Guilherme.

O veículo dele aparece em um vídeo obtido pela polícia logo depois que os atiradores fogem do local. Um terceiro suspeito que também teria participado da execução junto com Wallison ainda não foi identificado.

O Caso Danilo foi executado no dia 8 de novembro por volta das 21h30, depois de deixar a academia onde trabalhava. Ele parou o veículo Honda Civic e chegou a dizer algumas palavras aos ocupantes da motocicleta. Logo em seguida foi alvejado por pelo menos 5 disparos.

Testemunhas informaram os tiros foram efetuados pelo garupa de uma motocicleta, com 2 homens, que posteriormente, seguiu em direção a Avenida Miguel Sutil.
Compartilhe nas redes sociais
facebook twitter
topo