Penas ultrapassam 170 anos
segunda-feira, 14 de maio de 2018, 11h08
GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso condenou 15 pessoas, entre elas o ex - g o v e r n a d o r Silval Barbosa, o ex-deputado José Riva e o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães, pelo esquema de corrupção apurado nas segunda e terceira fases da Operação Sodoma.
A decisão foi proferida pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, e a soma das penas imputadas a todos os acusados ultrapassa 171 anos de prisão.
Ao todo, o processo apurou sete episódios diferentes em que teriam ocorrido os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e fraude a processo licitatório, entre outros. Cabe recurso. Silval foi condenado pelos crimes de corrupção e fraude em licitação a 14 anos e 2 meses de prisão.
Já Riva recebeu pena, pela prática dos mesmos delitos, de 13 anos e 4 meses de reclusão. Walace, que foi cassado do comando de Várzea Grande pela Justiça Eleitoral, deverá cumprir 12 ano de prisão. Enquanto Riva e Walace poderão ter que cumprir a pena em regime inicialmente fechado, Silval, por conta do acordo de colaboração, conta com o regime diferenciado.
Faleiros também condenou quatro ex-secretários da gestão de Silval. Destes, a maior pena foi imputada a José de Jesus Nunes Cordeiro: 33 anos e 9 meses. Os outros integrantes do secretariado que receberam penas foram Cézar Roberto Zílio, 24 anos em regime diferenciado por conta de acordo de colaboração; Pedro Nadaf, 3 anos e 4 meses; e Pedro Elias, 15 anos e 3 meses.
O procurador aposentado Francisco Gomes Andrade Lima Filho, o Chico Lima, recebeu pena de 6 anos de prisão. O único ex-secretário absolvido neste processo foi Marcel de Cursi, que se livrou da condenação, assim como a ex-secretária de Nadaf, Karla Cintra.
Os fatos levantados durante a Operação Sodoma vão desde a exigência de vantagens para manutenção de contratos com o Estado à lavagem de dinheiro por meio de compra de gado. Caixa 2 nas eleições de Várzea Grande e compra de terreno por R$ 13 milhões para a construção de um Shopping também constam como fatos do processo.
Na sentença, Faleiros, que afirmou que o grupo chefiado por Silval assumiu a condição de “sócio” das receitas do Estado, explicou que os motivos do crime estavam ligados à necessidade de arrecadar fundos para pagamento de despesas com a campanha eleitoral, inclusive de governos anteriores.
“Registro que as circunstâncias em que se deram o fato devem ser valoradas desfavoravelmente uma vez que ocorreu de fato o pagamento de importâncias milionárias, que não é elementar do tipo penal”.
Por fim, também foram condenados Rodrigo Barbosa, Bruno Sampaio Saldanha, Antônio Roni de Liz, Evandro Gustavo Pontes da Silva, Sílvio Corrêa Araújo, Tiago Vieira de Souza Dorileo e Fábio Drumond Formiga. (Com informações de Arthur Santos da Silva)
DA REDAÇÃO
A Justiça de Mato Grosso condenou 15 pessoas, entre elas o ex - g o v e r n a d o r Silval Barbosa, o ex-deputado José Riva e o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães, pelo esquema de corrupção apurado nas segunda e terceira fases da Operação Sodoma.
A decisão foi proferida pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, e a soma das penas imputadas a todos os acusados ultrapassa 171 anos de prisão.
Ao todo, o processo apurou sete episódios diferentes em que teriam ocorrido os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e fraude a processo licitatório, entre outros. Cabe recurso. Silval foi condenado pelos crimes de corrupção e fraude em licitação a 14 anos e 2 meses de prisão.
Já Riva recebeu pena, pela prática dos mesmos delitos, de 13 anos e 4 meses de reclusão. Walace, que foi cassado do comando de Várzea Grande pela Justiça Eleitoral, deverá cumprir 12 ano de prisão. Enquanto Riva e Walace poderão ter que cumprir a pena em regime inicialmente fechado, Silval, por conta do acordo de colaboração, conta com o regime diferenciado.
Faleiros também condenou quatro ex-secretários da gestão de Silval. Destes, a maior pena foi imputada a José de Jesus Nunes Cordeiro: 33 anos e 9 meses. Os outros integrantes do secretariado que receberam penas foram Cézar Roberto Zílio, 24 anos em regime diferenciado por conta de acordo de colaboração; Pedro Nadaf, 3 anos e 4 meses; e Pedro Elias, 15 anos e 3 meses.
O procurador aposentado Francisco Gomes Andrade Lima Filho, o Chico Lima, recebeu pena de 6 anos de prisão. O único ex-secretário absolvido neste processo foi Marcel de Cursi, que se livrou da condenação, assim como a ex-secretária de Nadaf, Karla Cintra.
Os fatos levantados durante a Operação Sodoma vão desde a exigência de vantagens para manutenção de contratos com o Estado à lavagem de dinheiro por meio de compra de gado. Caixa 2 nas eleições de Várzea Grande e compra de terreno por R$ 13 milhões para a construção de um Shopping também constam como fatos do processo.
Na sentença, Faleiros, que afirmou que o grupo chefiado por Silval assumiu a condição de “sócio” das receitas do Estado, explicou que os motivos do crime estavam ligados à necessidade de arrecadar fundos para pagamento de despesas com a campanha eleitoral, inclusive de governos anteriores.
“Registro que as circunstâncias em que se deram o fato devem ser valoradas desfavoravelmente uma vez que ocorreu de fato o pagamento de importâncias milionárias, que não é elementar do tipo penal”.
Por fim, também foram condenados Rodrigo Barbosa, Bruno Sampaio Saldanha, Antônio Roni de Liz, Evandro Gustavo Pontes da Silva, Sílvio Corrêa Araújo, Tiago Vieira de Souza Dorileo e Fábio Drumond Formiga. (Com informações de Arthur Santos da Silva)
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