MP oferece denúncia contra 58
quinta-feira, 17 de maio de 2018, 11h05
GLÁUCIO NOGUEIRA
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MP) denunciou 58 pessoas pelo esquema de desvio de recursos públicos envolvendo o contrato entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a EIG Mercados. Entre os denunciados estão sete deputados estaduais, o ex-governador Silval Barbosa, seu chefe de gabinete, um ex-deputado federal, o ex-secretário Paulo Taques e o ex-presidente do órgão de trânsito, Teodoro Moreira Lopes, o Dóia. Além do crime de organização criminosa, aos acusados foram imputados os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, por conta do esquema que pode ter rendido aos acusados R$ 30 milhões.
Além de Dóia, Silval e Paulo, estão entre os denunciados os deputados estaduais Eduardo Botelho (DEM), presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Savi (DEM), José Domingos Fraga (PSD), Wilson Santos (PSDB), Baiano Filho (PSDB), Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), e Romoaldo Júnior (MDB). Outro político denunciado pelo esquema foi o ex-deputado federal e condenado no processo do Mensalão, Pedro Henry.
O grupo inclui, ainda, parentes dos gestores denunciados e empresários. A apuração avançou com a colaboração de Dóia, homologada pela Justiça, e dos donos da EIG Mercados, empresa que, em 2009, quando se chamava FDL Serviços, firmou contrato com o Detran e passou a receber pelo serviço de registro de contrato de financiamentos de veículos. Na ocasião, para obter êxito na contratação, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos para pagamento de campanhas eleitorais. A organização, conforme o MP, era composta por três núcleos: o de liderança, formado pelos políticos em épocas distintas, o de operação e o subalterno.
De início, o ex-governador e o deputado Mauro Savi teriam recebido, cada um, R$ 750 mil. Com a continuidade das fraudes, mais propinas foram repassadas e outras pessoas foram beneficiadas. Estima-se, que foram pagos cerca de R$ 30 milhões. A denúncia aponta para três vertentes diversas de análises: movimentações bancárias entre os denunciados, entre denunciados com terceiros, apenas entre terceiros e entre os denunciados e servidores da Assembleia Legislativa.
Todas as transações foram comprovadas na denúncia. Na denúncia, os promotores de Justiça informam ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso que inquéritos complementares já foram instaurados para apurar o envolvimento de outras pessoas e de outros fatos criminosos.
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MP) denunciou 58 pessoas pelo esquema de desvio de recursos públicos envolvendo o contrato entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a EIG Mercados. Entre os denunciados estão sete deputados estaduais, o ex-governador Silval Barbosa, seu chefe de gabinete, um ex-deputado federal, o ex-secretário Paulo Taques e o ex-presidente do órgão de trânsito, Teodoro Moreira Lopes, o Dóia. Além do crime de organização criminosa, aos acusados foram imputados os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, por conta do esquema que pode ter rendido aos acusados R$ 30 milhões.
Além de Dóia, Silval e Paulo, estão entre os denunciados os deputados estaduais Eduardo Botelho (DEM), presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Savi (DEM), José Domingos Fraga (PSD), Wilson Santos (PSDB), Baiano Filho (PSDB), Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), e Romoaldo Júnior (MDB). Outro político denunciado pelo esquema foi o ex-deputado federal e condenado no processo do Mensalão, Pedro Henry.
O grupo inclui, ainda, parentes dos gestores denunciados e empresários. A apuração avançou com a colaboração de Dóia, homologada pela Justiça, e dos donos da EIG Mercados, empresa que, em 2009, quando se chamava FDL Serviços, firmou contrato com o Detran e passou a receber pelo serviço de registro de contrato de financiamentos de veículos. Na ocasião, para obter êxito na contratação, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos para pagamento de campanhas eleitorais. A organização, conforme o MP, era composta por três núcleos: o de liderança, formado pelos políticos em épocas distintas, o de operação e o subalterno.
De início, o ex-governador e o deputado Mauro Savi teriam recebido, cada um, R$ 750 mil. Com a continuidade das fraudes, mais propinas foram repassadas e outras pessoas foram beneficiadas. Estima-se, que foram pagos cerca de R$ 30 milhões. A denúncia aponta para três vertentes diversas de análises: movimentações bancárias entre os denunciados, entre denunciados com terceiros, apenas entre terceiros e entre os denunciados e servidores da Assembleia Legislativa.
Todas as transações foram comprovadas na denúncia. Na denúncia, os promotores de Justiça informam ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso que inquéritos complementares já foram instaurados para apurar o envolvimento de outras pessoas e de outros fatos criminosos.
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