GAZETA
Padrasto é condenado, mas fica solto
quarta-feira, 24 de julho de 2019, 15h49
SILVANA RIBAS
DA REDAÇÃO
Padrasto acusado de matar por espancamento menino de 1 ano e 10 meses é condena-do há 20 anos de prisão em regime fechado mas poderá recorrer da sentença em liberdade. Tallys Henrique Pires de Miranda, 27, foi sentenciado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá na tarde desta terça-feira (23). Apesar de ter sido preso poucos dias depois do assassinato do enteado Hector Batista Gomes, ocorrido no dia 4 de dezembro de 2014, ele estava em liberdade desde o dia 3 de dezembro de 2015, menos de um ano após a prisão.
Por este motivo, a magistrada Mônica Catarina Perri Siqueira concedeu o direito ao réu, condenado pelo bárbaro crime, caso decida recorrer da sentença, fazer isto em liberdade. Caso contrário será emitida a ordem de prisão. O promotor Vinícius Gahyva Duarte atuou na acusação pedindo a pena máxima pelo homicídio praticado por motivo torpe, por meio cruel e sem que a vítima tivesse qualquer recurso de defesa. A criança sofreu lesões e fraturas pelo corpo. O acusado chegou a acompanhar a esposa até o hospital para socorrer o menino, mas fugiu no momento em que se iniciava o atendimento. Um dos motivos do crime seriam os ciúmes que Tallys tinha do pai da criança, que visitava o filho com frequência e já tinha sido ameaçado por ele.
Tallys também era apontado como homem violento e envolvido com crimes na região do Dom Aquino, local onde morava e cometeu o crime. “A conduta do denunciando revelou efetivo requinte de crueldade, frieza e desprezo à vida da vítima, eis que espancou seu frágil corpo sem que tivesse qualquer chance de defesa. Demonstrando ainda mais frieza, e com o objetivo de dissimular sua conduta delituosa, o denunciando deixou o corpo da vítima deitado no colchão da sala, enrolado em uma coberta. Em seguida, sentou no sofá e passou a assistir televisão”, diz trecho da denúncia.