Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GAZETA

Réu é condenado a 69 anos de prisão

quarta-feira, 18 de setembro de 2019, 10h04

ALINE ALMEIDA
DA REDAÇÃO

Tribunal do Júri em Alta Floresta (803 km ao norte de Cuiabá) condena homem que matou a ex-mulher, grávida de 5 meses, a 69 anos e 4 meses de prisão. Emerson Diego Pestana matou Aline Mazureki e, consequentemente, o filho que ela esperava. O crime ocorreu em julho de 2017 e a vítima foi morta com 3 facadas no pescoço. Presidente do Tribunal do Júri, o juiz Roger Augusto Bim Donega determinou que Emerson indenize os familiares da vítima em R$ 50 mil, como medida de reparação. Emerson já  possuía antecedentes criminais por crimes de violência doméstica e foi condenado a 9 meses de detenção por violação de domicílio praticado contra a irmã de Aline. Dias antes do crime, a vítima conseguiu medidas protetivas contra o acusado, após sucessivas ameaças e agressões.

No início daquele mês ela já havia denunciado o ex-marido, com quem conviveu por 5 anos, por violência doméstica. O Ministério Público apontou que o crime foi motivado por ciúmes. Após Emerson saber que Aline foi a uma festa, foi até a casa dela e os dois começaram a discutir, momento em que ele pegou uma faca e golpeou a mulher. A denúncia do MPE reforça o caráter violento do acusado, que até em plenário, ao ser interrogado pela promotora, apresentou agressividade.

“Os motivos do crime são vis, pois o delito deu-se de forma pérfida e calculista, executou a vítima, impiedosamente, por motivos fúteis, por motivos de ciúmes, de posse e sentimento machista que prepondera na sociedade atual, ainda mesmo depois de muitas lutas sociais e evolução legal para proteção feminina”, reforça trecho do processo. Na decisão o magistrado destaca que não há que se falar em arrependimento do réu, até porque o mesmo nem respeitou as medidas protetivas impostas. “Ademais, indivíduos como o réu são maléficos e ardilosos, utilizam disfarce perfeito para conviver entre nós. São tão perfeitos em seus disfarces que acreditamos piamente que são seres humanos como nós”, destaca trecho da decisão.

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