GAZETA
Justiça determina conserto em 5 dias
sexta-feira, 27 de setembro de 2019, 11h27
ELAYNE MENDES
DA REDAÇÃO
Governo do Estado e a Prefeitura de Cha-pada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá) têm 5 dias para providenciar o con-serto das balsas que fazem a travessia da população que reside na região do Lago do Manso. Com embarcações inoperantes, fa-mílias de pelo menos 10 comunidades são prejudicadas. Justiça acolheu pedido do Mi-nistério Público do Estado (MPE) e concedeu liminar que obriga os órgãos responsáveis a reparar as embarcações, além de realizar a devida manutenção.De acordo com o MPE, moradores que dependem do transporte compareceram à sede da instituição em Chapada dos Guima-rães de posse de um abaixo-assinado com 360 assinaturas, no qual foi descrito os pre-juízos causados devida à inoperância das balsas.
Conforme o documento, a travessia feita pelo Lago do Manso abrange o distrito de Água Fria e outras 9 comunidades.Conforme a população, diariamente cente-nas de pessoas precisam transitar das comuni-dades até Chapada, entre elas estão idosos e representantes familiares que trabalham ou possuem filhos que estudam no município.No abaixo-assinado ainda consta que é inviável realizar ou-tras possíveis rotas por via terrestre. Isso porque, trajeto aumentaria consi-deravelmente e as estradas e pontes, assim como as bal-sas, não recebem a devida manutenção por parte do Muni-cípio há muito tempo. “As condi-ções de tráfego são muito limitadas e extremamente pre-judiciais aos veícu-los e usuários”, diz trecho da ação civil pública proposta pela promotora de Justiça, Anízia Tojal Serra Dantas.
As péssimas condições da estrada e ponte fizeram com que o percurso, que antes era de 30 km, pas-sasse para 100 km e, por isso, crianças que precisam ir à escola e trabalhadores estão tendo que sair de casa às 3h para não se atra-sarem. A promotora enfatiza que a popula-ção está tendo que enfrentar o longo cami-nho na ida e volta uma vez que se torna im-possível realizar a travessia do Lago do Manso sem as balsas, que estavam operando há mais de 10 anos.Diante da situação exposta, o MPE solici-tou junto à Prefeitura um relatório conclusivo acerca das condições das balsas, além de cópia dos documentos necessários para a ope-ração da embarcação.
Em resposta, o Municí-pio informou que não há cobrança dos usuários para a utilização do transporte aquático e, por isso, as embarcações estavam operando em horário limitado, já que a prefeitura não tem re-cursos financeiros sufi-cientes para arcar com custos e despesas para manter o funcionamen-to contínuo do serviço.O caso é considerado ainda mais grave, pois a Marinha do Brasil elen-cou 13 irregularidades e providências a serem adotas para que as balsas voltem a operar.