Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPAC lança campanha e promove palestra sobre atenção à pessoa idosa. Segue o link para assistir a palestra!

quarta-feira, 08 de junho de 2022, 09h34

8 de junho de 2022

 

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e com Deficiência e do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), promoveu nesta terça-feira (07), o lançamento da campanha institucional “Ainda Estou Aqui – Um Olhar de Dignidade e Respeito com a Pessoa Idosa”, com a palestra “Invisibilidade dos Idosos na Contemporaneidade: Órfãos de Filhos Vivos”.


O evento, realizado de forma presencial no auditório do MPAC e com transmissão no canal da instituição no YouTube, foi promovido em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado no dia 15 de junho. A data foi criada em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, com o objetivo de alertar para a responsabilidade de cada na construção de uma sociedade que respeite e garanta os direitos desse público. 


Clique aqui para assistir à palestra na íntegra.


A campanha lançada pelo MPAC, com a divulgação de um vídeo nas redes sociais da instituição, destaca que envelhecer de forma digna, saudável e tranquila é um direito de todos, e alerta para a responsabilidade e obrigação no acolhimento ao idoso, que muitas vezes não recebe os devidos cuidados e atenção da própria família. “Quem estamos sendo para aqueles que tanto fizeram por nós?”, questiona a locutora na peça, instigando a reflexão ao espectador.


Na abertura do evento, o procurador-geral de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento destacou que a defesa dos direitos da pessoa idosa é uma prioridade no MPAC e lembrou que o envelhecimento da população é uma tendência mundial e que é preciso sensibilizar a sociedade sobre a invisibilidade e solidão dos idosos.


“Existe a solidão, a discriminação através do etarismo, o abandono material e afetivo, além de uma invisibilidade que muitas vezes acontece dentro de casa. A conscientização de cada um é fundamental, bem como o esforço da sociedade civil e de todos os órgãos envolvidos nessa temática, que precisam estar sempre ativos na realização das suas atividades e no fortalecimento da rede de proteção, para que a pessoa idosa possa ter os seus direitos devidamente respeitados”, afirmou.


“A campanha vem em momento oportuno, pois analisando os procedimentos dentro do MPAC relacionadas aos direitos das pessoas idosas, a grande maioria se dá em razão desse abandono e invisibilidade que os idosos têm em sua residência”, salientou a promotora de Justiça Vanessa de Macedo Muniz, respondendo pela Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência.


A procuradora Gilcely Evangelista, que também atua nessa temática, pois coordena o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência, também participou do evento.

 

Invisibilidade dos Idosos na Contemporaneidade: Órfãos de Filhos Vivos

 

Na palestra com o tema “Invisibilidade dos Idosos na Contemporaneidade: Órfãos de Filhos Vivos”, a psicóloga doutora e gestora do Núcleo de Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), Cleide Maria de Paula Rebouças, falou sobre alguns dos motivos que levam ao distanciamento dos filhos dos pais idosos.


Ela apontou que a pressa do cotidiano dos mais jovens muitas vezes contrasta com o andar mais lento e a menor agilidade em gestos e decisões dos mais velhos, diminuindo diálogos e interações.


“Em nossa correria, às vezes inconscientemente colocamos o idoso nesse não lugar, nessa invisibilidade, dando pra ele migalhas de atenção. E tudo isso potencializa nesse idoso um sentimento de desprezo e exclusão. É algo para pensarmos: que lugar nossos pais idosos estão ocupando em nossas famílias? E a forma como tratamos nossos pais, nossos filhos vão visualizar isso e vai servir de exemplo”, destacou a palestrante.


A psicóloga discorreu também sobre diversas formas de violência contra os idosos, não somente físicas, mas também o abuso emocional ou psicológico, exploração financeira ou material e negligência, expondo um estudo que apontou que 77,7% dos casos de violência contra o idoso no Acre, no período de 2008 a 2021, ocorreu na própria residência.


“Importante lembrar que a violência psicológica, mais subnotificada, gera um processo depressivo e vai gerar uma autonegligência, que ocorre quando o idoso não se alimenta, não se cuida, deixa de tomar de medicação”, disse.


Por fim, citou ações para manter o bem estar e proporcionar um envelhecimento saudável aos idosos, como a importância de preservar a autonomia e a independência deles, observando as atividades diárias que conseguem desenvolver sozinhos e as que precisam de auxílio, providenciando quando possível ambientes favoráveis e adaptados que contemplem todas as suas necessidades.


Clique aqui para assistir à palestra na íntegra.

 

FONTE: MPAC


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