Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

GOV.BR. MDHC reforça importância dos direitos da pessoa idosa com tema da redação do Enem 2025

terça-feira, 11 de novembro de 2025, 12h17

Ministério destaca protagonismo na pauta do envelhecimento e defende políticas públicas que garantam dignidade, autonomia e participação social das pessoas idosas.

MDHC reforça importância dos direitos da pessoa idosa com tema da redação do Enem 2025
 

tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 — “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira” — dialoga diretamente com uma das pautas prioritárias do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), o ministério atua na formulação e implementação de políticas públicas que assegurem o envelhecimento digno, ativo e igualitário, com base na promoção dos direitos humanos e na valorização das diversas velhices.

 

Para a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, a escolha do tema contribui para ampliar o debate sobre o envelhecimento no Brasil. “Trabalhamos para fortalecer as políticas de proteção e promoção dos direitos das pessoas idosas, reafirmando que envelhecer é um direito de todas as pessoas. Reconhecemos que as velhices são plurais e que cada trajetória deve ser vivida com respeito, autonomia e dignidade”, afirmou a ministra.

 

O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, destacou que o tema do Enem aproxima a juventude da pauta do envelhecimento e permite maior compreensão sobre o papel do Estado e da sociedade na garantia de direitos. “Nós fomos positivamente surpreendidos com esse tema, porque ele mostra o trabalho que temos feito para ampliar a atenção à pauta da pessoa idosa. É importante reconhecer os avanços que o país alcançou, mas também as desigualdades que persistem entre regiões e grupos sociais”, afirmou.

 

Desigualdades e desafios do envelhecimento no país

 

Dados do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil tem 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 15,8% da população total. Em 2010, esse percentual era de 10,8%. O número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos, passando de 7,4% para 10,9% da população. A mediana de idade aumentou de 29 anos, em 2010, para 35 anos em 2022.

 

O envelhecimento, porém, ocorre de forma desigual entre as regiões e grupos sociais. As regiões Sul e Sudeste têm mais de 17% da população com 60 anos ou mais, enquanto o Norte registra cerca de 10,4%. Fatores como renda, escolaridade, acesso à saúde e condições de moradia influenciam diretamente essas diferenças.

 

Pesquisas indicam ainda que pessoas idosas negras enfrentam piores condições de saúde e menor expectativa de vida em relação à população não negra, o que evidencia a importância de políticas públicas específicas, interseccionais, intersetoriais e sensíveis às desigualdades.

 

“O nosso Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, atua nessa pauta para garantir que esses problemas sejam resolvidos; que o idadismo seja mitigado; e que a gente possa, cada vez mais, viver numa sociedade mais digna para que todas as pessoas possam envelhecer de forma saudável”, destacou Alexandre.

 

Compromisso com o envelhecimento digno

 

O MDHC reafirma o compromisso com a promoção dos direitos da pessoa idosa e reforça que o envelhecimento deve ser reconhecido como uma conquista social, resultado de avanços em saúde pública, políticas de inclusão e aumento da longevidade.

 

Entre as ações prioritárias do ministério, estão a promoção do envelhecimento ativo e saudável, o combate ao etarismo, a ampliação da participação social da pessoa idosa e o fortalecimento das redes de proteção e cuidado. Alexandre lembrou ainda que o Brasil se prepara para realizar, em dezembro, a 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, etapa que sucede as conferências municipais e estaduais realizadas em todo o país.

 

“O tema da conferência trata do envelhecimento plural, multicultural e da necessidade de ações de equidade voltadas à democracia, à autonomia e ao protagonismo das pessoas idosas”, ressaltou o secretário.

 

Ao trazer o tema do envelhecimento para o Enem 2025, o Ministério da Educação (MEC) contribui para que a sociedade reflita sobre o papel de cada cidadã e cidadão na construção de um país mais inclusivo, onde envelhecer seja um direito vivido com dignidade, segurança e plena cidadania.

 

Fonte: GOVERNO FEDERAL


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