Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Ausência de mulheres em novo governo afegão desaponta agência da ONU

sexta-feira, 10 de setembro de 2021, 08h28

ONU Mulhres pede também fim da violência contra manifestantes

OIM | ONU Mulhres pede também fim da violência contra manifestantes

 

Chefe interina da ONU Mulheres, Pramila Patten, lembra que participação feminina na política é pré-requisito fundamental para igualdade de gênero; representante diz que Talibã está enviando “sinal errado” sobre metas de governo. 

 

A diretora interina da ONU Mulheres está desapontada com a ausência de mulheres no governo do Afeganistão anunciado pelo movimento Talibã. Pramila Patten declarou que a participação feminina na política é pré-requisito fundamental para a igualdade de gênero.  

 

Segundo ela, a “participação das mulheres em todas as esferas da vida é também essencial para que o Afeganistão tenha uma sociedade inclusiva, forte e próspera”.  

 

Meninas que ficaram desalojadas com o conflito no Afeganistão

Foto: © UNICEF/Omid Fazel | Meninas que ficaram desalojadas com o conflito no Afeganistão

 

Decepção  

 

Após as notícias de que o Talibã excluiu as mulheres do novo governo, Pramila Patten expressou sua decepção, destacando que a decisão “coloca em questão os compromissos que o movimento fez sobre proteção e respeito aos direitos das mulheres e meninas”.  

 

Ela reiterou que a participação das mulheres é um elemento central de qualquer governo verdadeiramente inclusivo. A chefe interina da agência da ONU afirmou que “ao excluir as mulheres, a liderança do Talibã enviou o sinal errado” sobre alegadas metas de construir uma sociedade inclusiva, forte e próspera.  

 

Passo atrás  

 

Segundo Patten, quando as mulheres não têm espaço nos governos, a participação delas é questionada em todos os setores, sejam elas trabalhadoras humanitárias, educadoras ou empresárias.  

 

A representante também afirmou que o Talibã deu um passo atrás ao não criar um Ministério para Mulheres. Ela condenou ainda o uso da força contra as manisfestantes que prostetaram de forma pacífica em Cabul. 

 

A chefe interina da ONU Mulheres lembrou que os civis têm o direito de participar da vida pública e política, além do direito à reunião pacífica. Negar isso é uma séria violações dos direitos humanos.  

 

Pramila Patten fez um apelo aos líderes do Talibã: para cumprirem com suas obrigações e tomarem todas as medidas para que não haver mais nenhum tipo de ato violento contra as mulheres do Afeganistão. Ela pediu ainda ao movimento para que mude, imediatamente, o tom em relação aos direitos das mulheres no país.  

 

FONTE: ONU News


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