Telefonia tradicional versus telefonia VoIP: qual é a opção mais segura contra ciberataques?
quarta-feira, 19 de março de 2025, 15h08
A cibersegurança é uma preocupação extremamente relevante no mundo atual, já que os avanços e a propagação das tecnologias crescem em um ritmo cada vez mais veloz. O Brasil, inclusive, é o segundo país das américas mais comprometido com a cibersegurança, segundo dados do 5º Relatório de Índice Global de Segurança Cibernética 2024, da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência da ONU.
Porém, em empresas dos mais variados portes, surge uma dúvida recorrente: como ficar imune a ciberataques e grampos? Existe alguma tecnologia com esse nível de proteção? Segundo Kathia Alves, fundadora e CEO da Vip Solutions, empresa especializada em telefonia VoIP, a resposta é não. “Nenhuma tecnologia de comunicação é 100% imune a ataques. Porém, a telefonia VoIP, por exemplo, oferece vantagens de segurança em relação à telefonia tradicional”, sinaliza.
No que diz respeito à vulnerabilidade, a especialista explica que, enquanto na telefonia tradicional (PSTN e redes móveis), as linhas podem ser grampeadas diretamente nos cabos ou na infraestrutura das operadoras, na telefonia VoIP, por ser transmitida pela internet, podem ser implementadas camadas extras de proteção, como criptografia e autenticação. “Há também uma maior flexibilidade na configuração, possibilitando o gerenciamento de permissões, a restrição de acessos e o monitoramento de atividades em tempo real”, explica.
Já sobre fraudes e clonagem de contas, em que criminosos podem roubar credenciais para realizar chamadas, na telefonia VoIP é possível fazer autenticação multifator (MFA), com a monitoria de acessos suspeitos e restrição de chamadas para destinos incomuns, mitigando riscos para a empresa. Kathia esclarece, porém, que a telefonia VoIP não é automaticamente mais segura, mas tem inúmeros recursos que a protegem. “O segredo está na configuração e no monitoramento contínuo. Para ter um ambiente seguro contra ataques cibernéticos é fundamental investir em firewalls específicos e ativar criptografia para chamadas”, conclui.
Independentemente de qual tecnologia para telefonia a empresa escolher, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vem desenvolvendo esforços para fortalecer as estruturas organizacionais nacionais, colaborando para o desenvolvimento das ações ligadas à segurança cibernética.
FONTE: DCIBER