Os riscos e cuidados na implantação de sistemas de reconhecimento facial relacionados a LGPD
quarta-feira, 30 de julho de 2025, 16h31
O reconhecimento facial e a sua tecnologia tem se consolidado como uma tendência em condomínios e empresas
Hoje, essa tecnologia não é mais uma ideia distante, mas uma realidade que está em expansão e se tornando parte do cotidiano das organizações e dos ambientes residenciais, como forma de aumentar a segurança e controlar o acesso de maneira mais eficaz. Mas, também existem riscos a serem considerados.
Gabriel Borba, da GB Serviços
“Reconhecimento facial é uma das principais tendências de segurança para o futuro e presente. Para muitas pessoas essa tecnologia remete a filmes futuristas, mas ela é mais real do que se imagina. Esse sistema controla o acesso de um determinado local por meio de leitores faciais, logo na entrada do estabelecimento, tudo gerenciado por um software que reconhece o indivíduo e libera e controla a sua entrada”, explica Gabriel Borba, da GB Serviços, que fornece esse serviço no Brasil.
Além disso, o sistema de reconhecimento facial tem mostrado ser mais eficiente do que a biometria tradicional.
Ele utiliza as características únicas do rosto, funcionando de forma similar à impressão digital. Esse sistema oferece ainda mais possibilidades de personalização, permitindo restrições de acesso por horários e locais específicos.
Riscos e cuidados no uso de dados pessoais
Entretanto, embora o reconhecimento facial traga benefícios inegáveis, ele também levanta questões importantes sobre segurança dos dados pessoais, que precisam ser observadas com atenção. Em muitos casos, os sistemas de reconhecimento facial gerenciam grandes volumes de dados sensíveis dos usuários, incluindo informações biométricas.
Essas informações, se não forem devidamente protegidas, podem se tornar alvo de ataques e violações, expondo os moradores e trabalhadores a riscos de fraude e outros crimes.
“É importante que as empresas e condomínios escolham fornecedores de tecnologia que garantam a conformidade com as leis de proteção de dados, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A falta de segurança pode transformar esses sistemas em alvos fáceis para criminosos, que podem acessar dados como CPF, RG, e até mesmo a localização dos usuários“, alerta Gabriel Borba.
Um exemplo recente envolve uma denúncia de vazamento de dados de um sistema de reconhecimento facial utilizado por uma empresa que administra condomínios em São Paulo e Minas Gerais.
Os invasores acessaram não apenas as fotos dos moradores, mas também outros dados sensíveis, como CPF, RG, telefone e e-mail. A empresa negou que seu sistema tenha sido invadido, mas especialistas afirmam que esses ataques podem ser realizados sem deixar rastros visíveis.
Dado o potencial risco de vazamento de informações pessoais, é essencial que empresas e condomínios adotem boas práticas de segurança e escolham fornecedores que priorizem a proteção de dados pessoais.
A observância dos princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – como a finalidade, adequação e necessidade no uso das informações – é fundamental para garantir que os dados dos usuários sejam tratados de forma segura e com transparência.
Gabriel Borba destaca que, “as empresas que fornecem sistemas de reconhecimento facial precisam demonstrar um compromisso sólido com a proteção de dados, adotando medidas robustas para evitar vazamentos e acessos não autorizados, além de garantir a conformidade com a LGPD.”
Assim, optar por fornecedores confiáveis e comprometidos com a segurança e proteção dos dados é fundamental para evitar riscos de fraudes e garantir a eficácia do sistema.
Acompanhe como o reconhecimento facial, impressões digitais, biometria por íris e voz e o comportamento das pessoas estão sendo utilizados para garantir a identificação digital precisa para mitigar fraudes e proporcionar aos usuários conforto, mobilidade e confiança.
Fonte: Crypto ID.