Presidente do STF e do CNJ participa de ação para combater a violência contra mulheres e meninas na Ilha do Marajó (PA)
segunda-feira, 29 de setembro de 2025, 17h32

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, participou, neste sábado (23), de ação na cidade de Salvaterra, na Ilha do Marajó (PA), para combater a violência contra mulheres e a exploração sexual infantil. Foi a quinta ação itinerante na região, em programa coordenado pela conselheira do CNJ Renata Gil.
A iniciativa Ação para Meninas e Mulheres do Marajó conta com apoio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Governo do Pará e do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e tem o objetivo de conscientizar a população local sobre a violência e suas consequências. Além disso, visa ampliar o acesso à Justiça na região e de dar suporte às unidades judiciárias para agilizar julgamentos sobre violência doméstica e familiar.
O ministro destacou que há um machismo estrutural na cultura brasileira e que a violência sexual contra crianças pode transformá-las em adultos que não colaborem com a sociedade.
“Não há violência maior do que a sexual. Crianças são feitas para brincar, aprender, observando a vida como deve ser. O abuso sexual contra crianças mais do que covardia é uma traição à condição humana. […] Precisamos enfrentar a violência sexual contra meninas; isso é absurdo, inaceitável. […] Homem que bate em mulher é covarde e homem que bate em criança quase deixa de ser humano para ser monstruoso”, afirmou o presidente do STF.
A conselheira Renata Gil destacou que as ações no Marajó são feitas com interlocução entre Judiciário, Executivo e Legislativo, mas que ainda é necessário ampliar a presença do Estado na região. “A situação não está toda desvelada, é preciso incentivar a vítima a denunciar e punir corretamente os agressores”, disse.
A atriz Luiza Brunet, ativista do combate à violência sexual contra mulheres e crianças, também participou da ação em Salvaterra.
Barroso e a comitiva conversaram com mulheres vítimas da violência e com integrantes do sistema de justiça para compreender a realidade da região.
Fonte: CNJ de Notícias