MPGO - DENUNCIADO PELO MPGO, MOTORISTA É CONDENADO PELO JÚRI A 18 ANOS DE PRISÃO PELA MORTE DE EX-COMPANHEIRA GRÁVIDA EM GOIÂNIA
quarta-feira, 22 de março de 2023, 16h11
Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), o motorista Aginaldo Viríssimo Cuelho foi condenado nesta quinta-feira (16/3) pelo júri popular, em Goiânia, a 18 anos de reclusão pela morte de sua ex-companheira, Denise Ferreira da Silva, que estava grávida de um filho do casal. O crime ocorreu em 4 de junho de 2018, em frente à residência da vítima, no Jardim Caravelas.
No julgamento, sustentou a acusação o promotor de Justiça José Carlos Miranda Nery Júnior. A sessão foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que manteve, na sentença, a prisão do réu. Os jurados reconheceram duas qualificadoras para o crime: a de emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e a de feminicídio (crime praticado por razões da condição de sexo feminino, no contexto da violência doméstica e familiar).
Conforme a denúncia, oferecida em 2018 pelo então promotor de Justiça Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, o casal tinha um relacionamento conturbado, com discussões constantes e agressões físicas por parte de Aginaldo. Uma dessas agressões, inclusive, foi registrada pela vítima na Polícia Civil de Goiás. Após essa ocorrência, a mulher saiu de casa e Aginaldo passou a morar com o filho do casal (mais velho), porém, continuaram a manter contato, porque Denise estava grávida.
O relato da denúncia destaca que, no dia do crime, após conversar com a ex-companheira por meio de um aplicativo de mensagens, o acusado pegou um revólver e foi até a casa dela. Ao chegar ao local, arrombou a porta e iniciou uma discussão com a mulher, que conseguiu escapar e fugir para a rua. O motorista, no entanto, a alcançou e disparou dois tiros.
Segundo relatos colhidos na investigação, Denise pediu a todo tempo que Aginaldo não a matasse, pois, um outro filho, então com 6 anos, estava assistindo à briga. Apesar dos apelos, o acusado conseguiu dominar a mulher, que já estava caída, colocou o joelho sobre seu pescoço e efetuou um disparo fatal na cabeça. Nesse instante, um vizinho conseguiu colocar a criança para dentro de casa, enquanto Aginaldo fugia. (Texto: Ana Cristina Arruda/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)
FONTE: MPGO