MPGO - DENUNCIADOS PELO MPGO, MAIS DOIS RÉUS SÃO CONDENADOS PELO ASSASSINATO DA JOVEM ARIANE LAUREANO, EM GOIÂNIA
quarta-feira, 30 de agosto de 2023, 16h41
Num julgamento que durou mais de 14 horas, os réus Raíssa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues, denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), foram condenados pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira (29/8) a 15 e 14 anos de prisão, respectivamente, pelo assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos. A condenação se deu por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ambos foram absolvidos da acusação de corrupção de menor.
Conhecido como caso Ariane, o crime, que ocorreu no dia 24 de agosto de 2021, por volta das 21 horas, teve grande repercussão pela forma como foi praticado. Segundo consta na denúncia, os jovens (acompanhados também de uma adolescente, que já cumpriu medida socioeducativa) decidiram assassinar Ariane para que Raíssa testasse se possuía transtorno de personalidade (psicopatia).
Em 2021, o promotor de Justiça Cláudio Braga Lima denunciou Raíssa, juntamente com Jeferson Cavalcante Rodrigues e Enzo Jacomini, que a ajudaram no crime. Enzo, que usa o nome social de Freya, foi julgado em março deste ano e condenado a 15 anos de reclusão.
O julgamento de Raíssa e Jeferson aconteceu no Fórum Cível de Goiânia e teve como representante do MP o promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos. A sessão foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia.
A mãe de Ariane foi a primeira a prestar depoimento e emocionou os presentes ao relatar a agonia vivida com o desaparecimento e assassinato da filha e ao pedir justiça pela morte da jovem.
Os réus ocultaram o cadáver da vítima em uma mata no Setor Jaó. Ariane foi escolhida por eles por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer grande resistência. Ao depor no julgamento, Raíssa confessou o crime e se disse arrependida do que fez. Jeferson também optou pela confissão e disse em depoimento que agiu por medo. Os dois vão cumprir as penas em regime inicialmente fechado. Eles estão presos e não poderão recorrer em liberdade.
FONTE: MPGO