Promotoria pede afastamento da prefeita de Araçariguama por improbidade administrativa
por Núcleo de Comunicação Social
quarta-feira, 16 de outubro de 2019, 17h06
Nesta terça-feira (15/10), a Promotoria de Justiça de São Roque ajuizou ação por improbidade administrativa pedindo a concessão de liminar para o afastamento de Liliana Bechara do cargo de prefeita de Araçariguama. Carlos Bechara, marido de Liliana e ex-prefeito do mesmo município, também figura no polo passivo da ação, assinada pelos promotores Suzana Peyrer Laino Ficker, Wilson Velasco Junior e Washington Luiz Rodrigues Alves.
Segundo o apurado em inquérito civil, Bechara já foi condenado em outra ação por improbidade administrativa, ficando inelegível até 2030. Apesar disso, após a eleição de Liliana, é Bechara quem vem desempenhando de fato as funções de prefeito de Araçariguama. Relatos fornecidos à Promotoria por vereadores deram conta de que a liderança municipal ainda é exercida por Bechara, sendo que a prefeita eleita apenas corrobora as decisões do marido. "Relataram que a prefeita nunca está sozinha em reuniões com vereadores, e Carlos é quem toma as rédeas do que precisa ser tratado em assuntos municipais", diz a inicial da ação.
Em diversas postagens em redes sociais, Bechara aparece em inaugurações de obras no município, bem como em frequentes viagens para Brasília, declarando estar indo em busca de recursos para o município.
Deixando claro quem realmente exerce a liderança do Executivo de Araçariguama, Bechara foi preso em flagrante na última segunda-feira logo após receber vantagem indevida de Edna Leão dos Santos Simões, empresária interessada em se estabelecer no município por meio de cooperativa habitacional. Junto com Israel Pereira da Silva, secretário de Finanças de Araçariguama. Bechara vinha efetuando conversas com Edna, criando dificuldades para expedição de alvará de instalação no município enquanto a empresária não pagasse a quantia de R$ 2 milhões.
e acordo com a Promotoria, Bechara era quem negociava com a vítima, fazendo exigências. O ex-prefeito foi detido na sala que mantinha no interior da Prefeitura de Araçariguama, de o
Dnde encabeçava as negociações.
No mérito da ação, os promotores pedem a condenação de Liliana e de Bechara com base na da Lei Federal n° 8.429/92, envolvendo o ressarcimento do valor total da lesão causada ao erário.
Fonte: MPSP