Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Quais os benefícios das florestas para a saúde humana

terça-feira, 21 de março de 2023, 13h24

Frequentar lugares com árvores fortalece a função imunológica e ajuda a reduzir o estresse, entre outros benefícios.
 

Muitos aspectos da vida estão relacionados com as florestas, como a qualidade do ar, refrigeração natural, água fresca e o fato de abrigarem diversos recursos naturais. Além disso, as florestas trazem benefícios para a saúde física e mental das pessoas.


No Dia Internacional das Florestas, proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2012 e comemorado todo dia 21 de março, conheça alguns dos benefícios desse ecossistema para a saúde.


As florestas limpam o ar que respiramos


“As florestas sustentam a vida: beneficiam as pessoas, as plantas e os animais por todo o trabalho invisível que realizam absorvendo carbono. Também ajudam a controlar o clima do planeta e as precipitações [chuvas]”, explica The Nature Conservancy (TNC), uma organização ambiental global sem fins lucrativos fundada em 1951.


Além disso, as árvores eliminam o material particulado, um tipo de contaminante atmosférico produzido pela combustão de combustíveis fósseis (petróleo e seus derivados, por exemplo) que podem alcançar concentrações perigosas nas cidades.


As folhas filtram esse contaminante perigoso. Logo, uma maior quantidade de árvores nas cidades (especialmente em vizinhanças localizadas próximas a rodovias e fábricas) pode reduzir problemas de saúde como a asma, destaca o TNC. 


Fornecimento de alimentos


As florestas produzem alimentos com macro e micronutrientes importantes para uma alimentação saudável e balanceada, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês).


Frutas, folhas, nozes, sementes e fungos são alguns dos alimentos que a floresta produz, além da carne de animais silvestres para comunidades indígenas. 


Medicamentos


Nos países desenvolvidos, cerca de 25% de todos os medicamentos são de origem vegetal, enquanto nos países em desenvolvimento esse número chega a 80%, indica o documento da FAO.


Itens higiênicos e sanitários básicos como papel higiênico, toalhas de papel, lenços, máscaras, roupas de proteção médica e etanol para desinfetantes também têm origem vegetal, informa a Organização das Nações Unidas (ONU). 


Contribuição para o bem-estar e saúde mental


As florestas têm uma importância cultural que é fundamental para a saúde mental de várias comunidades, indica a FAO.


“As populações indígenas costumam associar o bem-estar da floresta com um maior bem-estar coletivo e comunitário, enxergando um vínculo entre terras saudáveis e pessoas saudáveis.”


Por outro lado, o desmatamento e a degradação das florestas possuem efeitos negativos na saúde mental desses grupos.
 

Natureza na Costa Rica. As florestas têm uma importância cultural que é fundamental para a saúde ...

Natureza na Costa Rica. As florestas têm uma importância cultural que é fundamental para a saúde mental de várias comunidades. FOTO DE CHARLIE HAMILTON JAMES


“Foi demonstrado que as áreas verdes contribuem na redução do estresse e promovem estados de ânimos e sentimentos mais positivos.”


Segundo a FAO, a prática de atividades físicas ao ar livre colabora também para a redução do risco de doenças cardiovasculares, de câncer, diabetes e depressão. 


Em países desenvolvidos, o contato da população urbana com parques, jardins e bosques gerou efeitos benéficos para a saúde em geral, como no combate à obesidade e na redução da mortalidade. 


“Acredita-se também que a inalação de ar fresco e dos compostos orgânicos voláteis (fitocidas) que as árvores emitem fortalecem a função imunológica do ser humano e melhoram a saúde física e mental”, relata a FAO.


Nas cidades, áreas verdes reduzem o ruído e absorvem a poluição


Áreas verdes urbanas e semi-urbanas oferecem espaços de atividade física e recreação que ajudam a aliviar o estresse do dia a dia, afirma a FAO. 


Esses locais amortizam ruídos, reduzem o efeito das ilhas de calor (fenômeno em que há zonas de elevada temperatura dentro da cidade) e absorvem a poluição gerada pelos veículos e pelas indústrias.


Prevenção contra futuras pandemias


De acordo com dados da ONU, 60% de todas as doenças infecciosas têm origem em animais. Se forem consideradas as doenças infecciosas emergentes (doenças novas ou identificadas recentemente, como o ebola), o percentual chega a 75%. 


A origem dessas doenças está ligada à transmissão de patógenos de animais a humanos, que costumam ocorrer quando habitat naturais (como as florestas) são desmatados.

Fonte: National Geographic.


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