Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Desmate em áreas protegidas na Amazônia cai quatro vezes

por ALDEM BOURSCHEIT

terça-feira, 23 de janeiro de 2024, 14h54

 

Cicatriz de garimpo na APA Triunfo do Xingu, em 2020. Foto: Semas (PA)

 

Números quentinhos do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) indicam que áreas protegidas na floresta equatorial brasileira tiveram a menor taxa de desmatamento da última década.

 

O monitoramento por imagens de satélite aponta que a devastação dentro de unidades de conservação e de terras indígenas caiu de 1.431 km² em 2022 para 386 km² em 2023. A redução foi de 73%, ou quase quatro vezes menos entre as perdas anuais. A queda superou em percentual a redução de 62% no desmate geral do bioma, de 10.573 km² em 2022 para 4.030 km² em 2023. 

 

 

Para o pesquisador e coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, Carlos Souza Jr, a contenção do desmate em áreas protegidas amazônicas é muito positiva, mas esses territórios precisam ser priorizados nas ações de combate às derrubadas. 

 

“Na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”, explicou o cientista em nota do Imazon.

 

Nas análises da mesma ong, a terra indígena Apyterewa e a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, ambas no Pará, foram as mais devastadas na Amazônia nos últimos anos. As perdas se devem sobretudo à pecuária, extração de madeira e garimpo criminosos.

 

Fonte: https://oeco.org.br/salada-verde/desmate-em-areas-protegidas-na-amazonia-cai-quatro-vezes/


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