Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Política nacional reduz impacto do fogo em 66%

quarta-feira, 22 de outubro de 2025, 16h37

Medidas integradas, apoio federal e saberes tradicionais fortalecem o controle do fogo nos principais biomas brasileiros

 

Brigadistas combatem incêndio na Chapada Diamantina. | Foto: Mateus Pereira/GOVBA


Na terça-feira, 29 de julho, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o IBAMA e o ICMBio divulgaram os resultados do primeiro ano de implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF). Os destaques incluem os investimentos em equipamentos, o aumento no número de brigadistas e a redução de 66% nas áreas afetadas pelo fogo.

 

A partir da Lei nº 14.944/2024, o MMA passou a coordenar ações entre os três níveis de governo, setor privado e sociedade civil, com o objetivo de fortalecer medidas de prevenção, preparação e controle de incêndios. A política também reconhece o papel ecológico do fogo em certos ecossistemas e valoriza os saberes tradicionais de manejo.

 

Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ), as medidas adotadas, somadas a condições climáticas menos severas, colaboraram para a redução de 66% nas áreas queimadas no país no primeiro semestre de 2025. Já os dados do INPE apontam uma queda de 47% no número de focos de calor no mesmo período, conforme divulgaram Correio Braziliense, EBC e BNC Amazonas.

Foto: SOS Pantanal

 


O portal ((o)) eco destacou que o decreto nº 12.189/2024, ao aumentar as punições por incêndios florestais, também contribuiu para os resultados positivos no primeiro ano da PNMIF.

 

De acordo com Jair Schmitt, diretor de proteção ambiental do IBAMA, entre 2023 e 2025 houve um aumento de 14% no número de brigadistas florestais, ampliação da frota aérea e duplicação do número de veículos operacionais – muitos deles adaptados para áreas de difícil acesso. O investimento em equipamentos individuais de proteção e motorizados chegou a R$76 milhões.

 

Além disso, R$405 milhões do Fundo Amazônia foram destinados aos corpos de bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal, dos quais R$370 milhões já estão contratados. Pela primeira vez, o Fundo também apoiará ações em estados do Cerrado e do Pantanal.

 

Conforme informado pela Agência Brasil e O Pantaneiro, duas vilas operacionais serão instaladas ainda em 2025: uma no Pará e outra na região do Pantanal, com foco no monitoramento de incêndios. Também estão previstas cinco novas bases logísticas.

 

Apesar dos avanços, a Revista Cenarium alerta que, entre os estados da Amazônia Legal e do Pantanal, apenas Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão decretaram emergência por fogo. Os planos de prevenção e combate já foram concluídos para o Cerrado e o Pantanal, enquanto seguem em fase final de elaboração para a Amazônia. A estação seca, que favorece o aumento de incêndios na região, tem início em agosto e se estende até dezembro.

 

Fonte: Ciclo Vivo


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